Suspeitos de massacres em Plateau foram detidos
A região marroquina do Rif, no norte do país, tem sido palco de confrontos e detenções depois da condenação dos líderes do movimento de protesto de 2016 e 2017, designado Hirak, a penas que atingiram os 20 anos de prisão.
“Um grupo de 60 jovens no centro de Boukidan (uma aldeia próxima de AlHoceima) bloqueou a estrada com barricadas e pedras, o que exigiu a intervenção das forças da ordem para restabelecer a circulação”, segundo informação obtida pela agência AFP junto das autoridades locais.
Um membro da Associação Marroquina dos Direitos do Homem (AMDH) foi detido no fim de semana em Imzouren, perto de AlHoceima, indicou à AFP um militante local da AMDH, que também referiu a existência de outras detenções em Al-Hoceima e Boukidan. A condenação de 53 dirigentes dos protestos do Hirak suscitou reacções de incompreensão e indignação no Reino de Marrocos. O líder do movimento, Nasser Zefzafi, e três dos seus companheiros foram condenados a 20 anos de prisão por “atentado à segurança do Estado”.
O jornalista Hamid el Mahdaoui foi condando na quinta-feira a três anos de prisão depois da sua cobertura dos acontecimentos. Os dois principais sindicatos marroquinos da comunicação social catalogaram ontem esta condenação dizendo ter sido “extremamente severa”.
Os líderes dos partidos da maioria governamental afirmaram que “respeitam a independência do poder judicial”, mencionando a possibilidade de recurso disponível para os condenados.
Deputados da Federação da Esquerda Democrática apresentaram no Parlamento uma proposta de lei para uma amnistia geral dos detidos do Hirak, em linha também com uma petição neste sentido lançada na Internet. Também uma quinzena de associações europeias e árabes exigiram “a anulação destas penas”.