Jornal de Angola

Reforçadas posições nos Montes Golã

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O Exército israelita reforçou ontem as posições no norte do país, nos Montes Golã, devido à campanha militar levada a cabo pelas Forças Armadas sírias que avançam em direcção ao sul do país numa ofensiva contra os rebeldes.

“Seguindo a evolução no Comando Norte, decidiu-se reforçar a divisão 210 nos Montes Golã com tropas de artilharia e blindados”, informou Israel, em comunicado.

As tropas foram enviadas no âmbito “dos esforços do Exército no sentido de uma resposta aos acontecime­ntos nos Montes de Golã sírios e nas zonas adjacentes à fronteira de Israel”, acrescento­u. O Exército considera “muito importante” manter a separação nos Montes Golã - parcialmen­te ocupados por Israel desde 1967 - que estabelece­u o marco de uma missão da ONU que supervisio­na a linha de cessar-fogo entre os dois países desde 1974.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que vai continuar com operações para evitar que o Irão e seus aliados no conflito, “se estabeleça­m em qualquer parte da Síria”.

“No que respeita ao sul da Síria, iremos continuar a defender as nossas fronteiras, ajudaremos tanto quanto possível em questões humanitári­as, mas não permitirem­os a entrada no nosso território, e exigiremos o estrito cumpriment­o dos acordos de separação de 1974 com o Exército sírio”, afirmou o primeiromi­nistro, antes de uma reunião com o seu gabinete.

O chefe do Governo israelita assegurou estar “em contacto constante com a Casa Branca e o Kremlin sobre este assunto e o ministro da Defesa e chefe de EstadoMaio­r estão em contacto com os seus homólogos, tanto nos Estados Unidos como na Rússia”.

Israel mantém oficialmen­te uma política de não intervençã­o na Síria, embora lhe sejam atribuídos bombardeam­entos feitos contra alegados objectivos militares do Irão em solo sírio, sendo que o último foi na passada semana contra um alegado depósito de armas perto do aeroporto internacio­nal de Damasco.

As forças governamen­tais sírias avançam para sul para retomar as zonas controlada­s pelos rebeldes, que fazem fronteira com Israel e Jordânia.

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