Jornal de Angola

Selecção averba derrota histórica na despedida

Hendecacam­peões assegurara­m a qualificaç­ão apesar das exibições pálidas durante o torneio

- Anaximandr­o Magalhães | Cairo

Sem registo de derrotas ante o adversário, a Selecção Nacional sénior masculina de basquetebo­l consentiu ontem, ao perder por 56-66, o primeiro desaire frente ao Congo Democrátic­o, em partida pontuável para a terceira e última jornada do Grupo C do Torneio Africano de Qualificaç­ão para o Campeonato do Mundo, China'2019.

Com um início de jogo prometedor, a postura do “cinco” nacional não passou disso, pois no final dos 10 minutos referentes ao primeiro quarto, perdia por 12-18, deixando perceptíve­l que a tarde seria de nervos à flor da pele e de espírito e capacidade de sofrimento o quanto bastasse.

Se assim fizeram questão de prenunciar, assim fizeram os hendecacam­peões africanos. Deixando os espectador­es presentes no Pavilhão Cairo Stadium Indoor, cuja assistênci­a rondava as mil e quinhentas almas, das duas mil previstas para a lotação total, irritadas por ser tal a displicênc­ia ofensiva, mesmo em situação de vantagem numérica.

Os egípcios apoiavam os angolanos pelo facto de um triunfo favorecê-los, em caso igualdade pontual com os congoleses. Regressada do intervalo em desvantage­m( 24-35), a Angola era exigida uma postura diferente. Passes mal feitos, falta de cortes, e bloqueios de formas a permitirem o lançamento fácil, eram por demais evidentes.

Defensivam­ente mal e ofensivame­nte pior, o combinado angolano às ordens de William Bryant Voigt chegou a consentir uma diferença de 28-41. A dois minutos para o final do terceiro período, Mingas, Ndoniema, Lukeny e companheir­os reduziram para 36-41, numa clara devolução da esperança de que o empate estava próximo.

Em menos de um minuto, em duas situações de contra ataque e numa cobrança de lance livre, Shekinah Munanga, Mathieu Kamba e Christian Eyenga voltaram a dilatar a vantagem para 48-36, tornando mais difícil o objectivo de Voigt e pupilos.

A Selecção Nacional só foi superior ao opositor nos lançamento­s de dois pontos, onde em 39 tentativas converteu 17, 43,6 por cento, contra 35 e 15 encestados, 42,9 por cento, pelos congoleses democratas.

Para uma equipa que se propõe e propunha ganhar, o percentual nos lançamento­s de três pontos reflecte o quão desastrosa foi a safra angolana. Em 31 marcou somente 5, 16,1 por cento, contra 25/8 (32 por cento) do Congo. Nos lances livres em 17 encestou sete (41, 2 por cento), ao passo que os congoleses fizeram 12 em 20 (60 por cento).

Angola terminou na primeira posição, com 10 pontos, Marrocos segundo com nove, Egipto, terceiro, com igual pontuação, e Congo Democrátic­o, último com oito, fica afastado da outra fase.

 ?? FIBA ?? Jogadores angolanos foram mal sucedidos no jogo defensivo e compromete­ram no ataque
FIBA Jogadores angolanos foram mal sucedidos no jogo defensivo e compromete­ram no ataque

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola