Brasil e México discutem acesso aos quartos-de-final
Paulo Caculo | Em Moscovo Dois jogos de desfechos imprevisíveis marcam, hoje, o terceiro dia de disputa dos oitavosde-final do campeonato do mundo, que decorre na Rússia, desde o passado dia 14 de Junho.
Às 15h00 de Angola, no duelo mais aguardado, o Brasil mede forças com o México, no Samara Arena, e quatro horas mais tarde, às 19h00, a Bélgica mede forças com o Japão.
Basta dizer, sem receios, que se trata de duelos interessantes, a julgar pela presença no cartaz de hoje de duas selecções, Brasil e Bélgica, que parecem ter assumido um compromisso sério com os respectivos adeptos.
Os brasileiros encaram o confronto com os mexicanos com alguma ansiedade pela dase seguinte, mas também se mostram cautelosos, se avaliarmos ao facto de o seu treinador ter feito ontem rasgados elogios ao conjunto mexicano, considerando não estar surpreendido com o seu percurso neste Mundial.
O seleccionador brasileiro espera por um adversário difícil, complicado, disposto a discutir o jogo pelo jogo. Em face disso, Tite prevê colocar em campo um "onze" que lhe garanta confiança na construção de uma vitória sem grande sofrimento.
Os brasileiros estão cientes de que ainda não apareceram neste Mundial, ao nível do que se esperava, razão pela qual o embate com os mexicanos pode servir, também, para o “escrete canarinho” juntar o útil ao agradável, aliando ao provável triunfo, uma exibição convincente e recheada de golos. O lateral direito Marcelo representa a grande contrariedade da equipa, em virtude de estar em dúvida para o jogo.
O treinador do México pode sair a jogar com este “onze”: Ochoa, Álvarez, Salcedo, Moreno e Gallardo; (18) Guardado, Herrera e Layún; Vela, Hernandez e Lozano. Já a selecção do Brasil pode alinhar com Alisson; Fagner, Thiago Silva, (3) Miranda e Filipe Luís; Casemiro e Paulinho; William, Philippe Coutinho e Neymar Jr; Gabriel Jesus.
Entretanto, no jogo da noite, a Bélgica enfrenta no Rostov Arena uma formação do Japão que sobreviveu de forma milagrosa à “vassourada” da fase de grupos, em que teve de contar com a ajuda de terceiros.
Os japoneses, apesar de terem deixado nos anteriores jogos uma imagem medíocre do seu futebol, são reconhecidos por ostentarem uma capacidade impressionante de redenção. Ou seja, são muito imprevisíveis no seu rendimento, facto que deve servir de alerta para o conjunto belga.
O estilo de futebol intenso e de rápidas transições ofensivas pode fazer do Japão um herói improvável, nesta aventura do Mundial da Rússia. O facto é que a formação asiática dá muita luta, sabe sofrer quando necessário e transforma as debilidades em força, para contrariar as adversidades.
Mas, a equipa de Akira Nashino terá de saber defender-se também. Porque do outro lado do relvado estará um dos ataques mais “mortíferos” deste campeonato. A Bélgica, em apenas três jogos, produziu nove golos, média de três por desafio, sendo quatro de Lukaku, o “suspeito” do costume.
De resto, prognósticos à parte, estamos em presença de um bom jogo em perspectiva, com cenários de competitividade, que podem ser confirmados por ambos os conjuntos, caso revelem em campo a mesma ambição dos jogos anteriores.
No jogo da noite, a Bélgica enfrenta, no Rostov Arena, uma formação do Japão que sobreviveu de forma milagrosa à “vassourada” da fase de grupos, em que teve de contar com a ajuda de terceiros
Não se prevêem alterações quer numa como noutra equipa, relativamente aos titulares da jornada inaugural. Ou seja, Bélgica e Japão devem jogar com os seus melhores “onze”.
A equipa europeia pode alinhar com Courtois; Alderweireld, Boyata e Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel e Carrasco; Mertens, Hazard e Lukaku. O conjunto asiático, por seu lado, deve jogar com Eiji Kawashima; Hiroki Sakai, Maya Yoshida, Gen Shoji e Yuto Nagatomo; Makoto Hasebe e Gaku Shibasaki; Genki Haraguchi, Shinji Kagawa e Takashi Inui; Yuya Osako.