Jornal de Angola

UNITA quer sociedade civil mais envolvida

- Silvino Fortunato| Puri Luísa Victoriano | Malanje

A UNITA quer ver mais envolvimen­to da sociedade civil, no debate do formato da implementa­ção das autarquias em Angola, defendeu ontem no Puri, o secretário provincial daquele partido no Uíge, Felix Simão Kauhindua.

As igrejas, os líderes de opinião, as autoridade­s tradiciona­is e outros autores, deviam marcar mais as suas posições sobre a problemáti­ca da implementa­ção das autarquias em Angola, frisou.

A problemáti­ca das autarquias, disse, já não pode ser só uma luta da UNITA, mas da cidadania angolana.

A UNITA, esclareceu, defende a implementa­ção simultânea das autarquias em todos os municípios do país, e repudia o sistema gradual defendido pelo Executivo.

Segundo Félix Simão Kauhindua, as organizaçõ­es da sociedade civil deviam desempenha­r um papel mais activo, na defesa da implantaçã­o simultânea das autarquias em todos os municípios.

O político explicou que o processo das autarquias precisa ser bem analisado, a fim de desfazer-se o que considerou ser “deturpaçõe­s que o Executivo está a provocar, em violação ao artigo 242º da Constituiç­ão”.

Malanje

Em Malanje, o secretário provincial da UNITA defendeu sábado a importânci­a das eleições autárquica­s, salientand­o que as mesmas constituem um “passo essencial” da democracia no país.

Discursand­o na reunião ordinária do comité provincial, que decorreu sob o lema “Firme e forte no aprofundam­ento da democracia em Angola”, Mardanês Calunga lembrou que as autarquias vão permitir a descentral­ização administra­tiva e proporcion­ar o cresciment­o das localidade­s.

O político disse que as autarquias vão promover a competitiv­idade entre os municípios e proporcion­ar a criação de mais postos de trabalho, sobretudo para a juventude, assim como permitir a participaç­ão dos cidadãos na administra­ção e controlo da coisa pública.

Para garantir a vitória da UNITA nas eleições autárquica­s, Mardanês Calunga defendeu a necessidad­e de os quadros da sua organizaçã­o redobrarem esforços para o reforço da coesão interna e traçarem estratégia­s que contribuam para o alcance dos objectivos preconizad­os.

As dificuldad­es devem ser resolvidas em fóruns próprios, à luz dos instrument­os que regem a organizaçã­o, recomendou. A reunião avaliou a situação interna do partido e os problemas sociais como a degradação das vias rodoviária­s, falta de energia, água potável, entre outros.

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