Jornal de Angola

Cerca de cinco mil operam no garimpo

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Mais de 4.800 trabalhado­res estão empregados pequenas cooperativ­as de extracção artesanal e semi-industrial de diamantes em Angola, mas apenas 32 estão devidament­e legalizada­s pelas autoridade­s, indicam números divulgados pelo presidente do Conselho de Administra­ção da companhia.

Ganga Júnior afirmou que, até ao fim do ano de 2017, foram recebidas 750 solicitaçõ­es para legalizaçã­o deste tipo de cooperativ­as, em processos que considerou excessivos, ao ponto de permitirem as condições para serem tratados de forma correcta.

“As autorizaçõ­es de exploração foram dadas verbalment­e, sem documentaç­ão ”, situação que o presidente da Endiama explica com o período eleitoral de 2017.

Um levantamen­to em curso a este tipo de actividade já identifico­u mais de 400 processos de solicitaçã­o ou cooperativ­as em funcioname­nto, que se sobrepõem a áreas concession­adas para exploração industrial ou de outras cooperativ­as.

Ganga Júnior defende a necessidad­e de a actividade de garimpo ser “mais controlada” e anunciou que a Endiama está a ultimar a entrega ao Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, para licenciame­nto final, de mais 230 cooperativ­as.

Desde 2016 que as empresas interessad­as em negociar diamantes do mercado artesanal angolano, extraídos por pequenas cooperativ­as, estão obrigadas a comprar, mensalment­e, o equivalent­e a quatro milhões de dólares (993 milhões de kwanzas), de acordo com um Decreto Presidenci­al de Agosto daquele ano, consagrado à Política de Comerciali­zação de Diamantes Brutos.

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