Serviço de hemodiálise nos hospitais regionais
Alguns hospitais regionais vão dispor, brevemente, de unidades de hemodiálise, anunciou, em Luanda, o secretário de Estado da Saúde para a Área Hospitalar.
Altino Matias assegurou que, com a abertura de novas unidades de hemodiálise, os doentes vão deixar de deslocar-se de uma província para outra à procura de serviço de hemodiálise.
A primeira unidade vai ser aberta em Cabinda e, depois, na Huíla, disse sextafeira Altino Matias, numa conferência de imprensa, que serviu para esclarecer a situação do serviço de hemodiálise em Benguela.
O secretário de Estado assegurou ser intenção do Executivo a abertura, de forma faseada, de unidades de hemodiálise "um pouco por todo o país" para minimizar as dificuldades que enfrentam os doentes renais.
“Reconhecemos que os custos de tratamento dessa doença no exterior do país é bastante oneroso, razão pela qual vamos, aos poucos, implantar essas unidades nos hospitais regionais”, acentuou Altino Matias. O Estado gasta em média por cada paciente que recebe hemodiálise no país cerca de 400 dólares por cada sessão.
O Jornal de Angola soube que mais de duas mil pessoas são anualmente diagnosticadas com a doença renal, muitas das quais em estado avançado, o que leva ao tratamento por via de hemodiálise, tornando a vida do paciente dependente de máquinas.
Especialistas em nefrologia indicam que a diabetes, a hipertensão arterial, a malária não tratada, infecções urinárias, uso de medicamentos em doses não controladas e hemorragias durante o parto podem levar à insuficiência renal e ao tratamento por via de hemodiálise.
Nos últimos anos, o número de pacientes com insuficiência renal crónica aumentou no Mundo.
A doença crónica não transmissível já é considerada a nova epidemia do século XXI. Uma pessoa pode ter a doença renal e não apresentar sintomas que alertem para o problema e só vir a descobrir numa fase já avançada. Um grupo de investigadores brasileiros conseguiu reduzir lembranças traumáticas em ratos por via da cafeína, um teste que prova que a substância pode tratar transtorno de stress pós-traumático, um problema psicológico de difícil combate.
De acordo com os investigadores, a substância presente no café provoca alterações neurais que “desarmam” a memória, permitindo intervenções médicas. Os resultados do trabalho científico foram divulgados na revista "Scientific Reports" e um dos autores da pesquisa é Lucas Alvarés, investigador que estuda os mecanismos moleculares que estão na origem da formação da memória e como ela pode ser esquecida ou modificada.
“Uma das nossas linhas de pesquisa é como mudar uma memória traumática em alguém que sofre com transtorno de stress póstraumático”, explicou ao Correio Braziliense o investigador Lucas Alvarés.
Citando a literatura médica, o investigador lembrou ter a cafeína um potencial efeito farmacológico para "actualizar" uma memória afectiva.
Lucas Alvarés e a sua equipa provocaram traumas em roedores para criar memórias negativas, como as que ocorrem em pessoas com transtorno de stress pós-traumático. Para os investigadores brasileiros, a cafeína “desarma” as memórias traumáticas, processo necessário para que possam ser alteradas.
“Hoje, sabemos que a memória é mais dinâmica do que se pensava anteriormente. Podemos alterar o seu conteúdo, assim que ela é formada. Ela é fortalecida pelas sinapses, mas o acto de lembrar faz com que fique vulnerável e possa ser alterada”, explicou o cientista.
Esse mecanismo chamase “reconsolidação da memória”, fenómeno pelo qual as lembranças podem ser modificadas permanentemente pela via da reactivação.
O pesquisador ilustrou como a cafeína entraria nesse processo. “Ela poderia ser usada numa sessão de terapia, como uma ajuda no processo de modificar a memória.” André da Costa Mais de 500 afogamentos são registados anualmente pelo Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, em praias fluviais e marítimas, cacimbas, lagoas e tanques de água, informou, ontem, na cidade de Luanda, o portavoz da instituição.
O superintendente-chefe Faustino Sebastião, que falava ao Jornal de Angola por ocasião do Dia Mundial do Salvamento, assinalado domingo, alertou que a maioria das vítimas de afogamento são crianças e jovens.
“Há jovens que consomem nas praias bebidas alcoólicas e alimentos pesados e, quando entram para a água, aumentam o risco de afogamento”, frisou Faustino Sebastião, porta-voz do Comando Geral do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, que disse ser necessário que se faça primeiro a digestão, cujo período é de duas horas, e só depois é que se deve regressar à água.
O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros tem realizado com as comunidades acções de prevenção de afogamentos, incêndios e de acidentes de viação, lembrou Faustino Sebastião, comentando que, diariamente, os bombeiros intervêm em várias situações e nem sempre encontram pessoas com vida, fazendo, nesses casos, apenas o transporte de cadáveres para a morgue.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros lançou, em 2011, o programa “Praias Seguras de Angola”, mas, actualmente, apresenta algumas dificuldades na sua execução, uma das quais é a falta de meios modernos, que são onerosos. O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros dispõe acima de 500 nadadores/salvadores, formados com a ajuda da cooperação cubana e de clubes que têm a modalidade de natação, com estes a cederem as piscinas para aulas práticas, uma estratégia que visa também atrair jovens para a ocupação de nadador/salvador. A maior parte dos mais de 500 nadadores salvavidas está nas províncias do litoral, estando em número reduzido nas províncias do centro do país. O défice de nadadores salva-vidas devese ao rigoroso requisito exigido para o curso de bombeiros salva-vidas.
O porta-voz do Comando Geral do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros lembrou que “uma parte considerável das praias” de Luanda não reúne condições para receber banhistas, devido à sua “configuração geográfica.”
“Os bombeiros têm feito um trabalho incansável nos locais autorizados para o banho, em cujas áreas têm efectivos para intervir em situação de emergência, de sexta-feira a domingo.
Nos locais onde há bombeiros nadadores/salvadores, o número de afogamentos é reduzido, assegurou Faustino Sebastião, acrescentando que, já nas praias sem presença de especialistas, o risco de afogamento é maior.
Nas províncias do interior, onde é acentuado o uso de cacimbas e rios, o número de afogamentos é elevado, contribuindo para o aumento das estatísticas, acrescentou Faustino Sebastião.
No ano passado, foram registadas no país 5.846 ocorrências entre incêndios, acidentes de viação com vítimas encarceradas, queda de árvores, afogamentos, invasões de abelhas e derrame de combustível. Deste número, constam 3.160 incêndios, 656 afogamentos e 602 acidentes de viação com vítimas encarceradas. Morreram em acidentes de viação 1.381 pessoas e 1.322 ficaram feridas.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros criou destacamentos de prevenção da sinistralidade rodoviária em vários troços das estradas nacionais. Por exemplo, na estrada nacional número 100 tem destacamentos em Cabo Ledo, no Bica de Água, Cuanza-Sul, na Canjala, em Benguela, e na número 120 dispõe, em direcção ao Uíge, destacamentos em Vista Alegre, no Alto Hama, Morro do Binda e em Luanda.
O Dia Mundial do Salvamento foi instituído com o objectivo de divulgar os meios e o processo de salvamento existentes nas praias a fim de os banhistas em situação crítica ficarem tranquilos enquanto aguardam por socorro. A data foi instituída, em 1979, pela Federação Internacional de Salvamento e é celebrada no Hemisfério Norte no primeiro domingo de Julho.
Há jovens que consomem nas praias bebidas alcoólicas e alimentos pesados e, quando entram para a água, aumentam o risco de afogamento, alertou o portavoz Faustino Sebastião