Ministro reprova qualidade de inertes para asfaltagem
Manuel Tavares de Almeida afirmou que o material preparado, sobretudo a brita, é inadequado para o asfalto
A qualidade dos inertes usados para a feitura do betão betuminoso para a asfaltagem dos 93 quilómetros que correspondem aos troços que ligam o município de Samba Caju aos de Bolongongo, Banga e Quiculungo foi reprovada pelo ministro da Construção e Obras Públicas, por não reunirem os requisitos necessários para uma empreitada de tal envergadura.
Manuel Tavares de Almeida, que falava à imprensa durante uma visita de trabalho de algumas horas ao Cuanza-Norte, com o propósito de avaliar o estado de execução física das obras em curso na região, afirmou que o material preparado, sobretudo a brita, é inadequado para o fabrico de asfalto. Caso seja usado, alertou, o asfalto será frágil e com pouca durabilidade.
O Ministério da Construção e Obras Públicas, disse, quer evitar as obras com meios sem qualidade, por forma a acautelar a criação de programas com propriedade e durabilidade, evitando que estes se degradem antes dos prazos de garantia estabelecidos e que o Estado volte a gastar avultadas somas de dinheiro com reparações.
Manuel Tavares de Almeida realçou que o Laboratório de Engenharia do Ministério vai junto da empreiteira fazer estudos de inertes noutras zonas da região já identificadas, por forma a mitigar a situação.
Execução do projecto
O gestor do projecto, Alberto Barbosa, informou que já está concluído o trabalho de desmatação, passagens hidráulicas ao longo dos 45 quilómetros, entre Samba Caju e Banga, enquanto na linha para Quiculungo a execução está na ordem de 50 por cento.
A pavimentação, disse, está a cerca de três por cento, tendo sido já construídos nove pontecos, correspondentes a 15 por cento dos previstos. Alberto Barbosa informou que a execução do asfalto betuminoso começa em Agosto.
A empreitada, que gerou 156 postos de trabalho, está orçada em 11.623.865.305,20 (Onze mil milhões seiscentos e vinte e três milhões, oitocentos e sessenta e cinco mil, trezentos e cinco kwanzas). O trabalho termina em Junho de 2019.
Em relação à obra da ponte sobre o rio Nzenza, a 18 quilómetros da vila de Samba Caju, a maior do projecto, salientou que a base de sustentação da margem Norte já está concluída, tendo avançado que os trabalhos actuais decorrem a nível dos ajustes do terreno para o assentamento do alicerce do lado Sul. A mesma vai ser de estilo composto, com betão na zona inferior e metal na parte superior, com 25 metros de cumprimento e 11metros de largura.
Troço Lucala-Cacuso
No Lucala, a 35 quilómetros a Leste de Ndalatando, o ministro da Construção e Obras Públicas inteirou-se do ponto de situação sobre a execução física do projecto de reabilitação dos 68 quilómetros do troço que liga o referido município ao de Cacuso, em Malanje.
De acordo com constatações, todo o troço já foi desminado, desmatado e aterrado. Neste momento, decorrem trabalhos de assentamento das sub-bases e bases. O trabalho, que gerou 65 empregos, está na ordem dos 45 e 31 por cento. Estão pavimentados 21 quilómetros.
Durante a sua estada em Ndalatando, Manuel Tavares de Almeida visitou o espaço onde vai ser erguida as futuras instalações que vão albergar os meios e técnicos do processo referente às eleições autárquicas, previstas para 2020.
O ministro anunciou, para 2019, a requalificação das pontes sobre os rios Catende e Muembeje, situadas no bairro Camundai e centro da cidade, pelo facto de não apresentarem segurança às populações, principalmente em tempo chuvoso.
No quadro das visitas para avaliar o as obras em curso em vários pontos do país, Manuel Tavares de Almeida anunciou, na semana passada, que a conclusão de várias obras em curso em Luanda está dependente da activação da Linha de Crédito da China.
Em declarações à imprensa no final da visita a várias infra-estruturas viárias, de macro-drenagem e bacias de retenção de águas pluviais, Manuel Tavares de Almeida declarou que o Governo está a tratar de activar a linha de financiamento da China, para se dar início as fundações da circular que facilitará o tráfego do novo Aeroporto Internacional de Luanda à estrada de Catete.
Ministério da Construção e Obras Públicas quer evitar as obras com meios sem qualidade para evitar que se degradem antes dos prazos de garantia estabelecidos nos contratos