Jornal de Angola

O Executivo continua empenhado em aprofundar processo democrátic­o

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SUA EXCELÊNCIA, ANTONIO TAJANI, PRESIDENTE DO PARLAMENTO EUROPEU, EXCELENTÍS­SIMOS SENHORES DEPUTADOS DO PARLAMENTO EUROPEU,

ILUSTRES CONVIDADOS, MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, É para mim uma grande honra, puder dirigir-me aos ilustres Deputados deste Parlamento, um dos espaços mais respeitado­s na promoção da democracia dos direitos fundamenta­is dos cidadãos na Europa e no Mundo.

Agradeço o acolhiment­o cordial que me foi reservado e à delegação que me acompanha desde a nossa chegada a Estrasburg­o, que traduz a expressão das boas relações de cooperação existentes entre Angola e todas as estruturas da União Europeia.

Não quero deixar de aproveitar este momento singular para manifestar o meu desejo de um diálogo permanente e franco com o Parlamento Europeu, baseado no respeito mútuo para que se reforce a nossa cooperação em todos os domínios de interesse comum.

Com o mesmo espírito, durante a minha recente visita oficial à Bélgica, tive já a oportunida­de de abordar com o Presidente do Conselho Europeu, e com a Chefe da Diplomacia Europeia, algumas situações que preocupam os nossos dois continente­s.

Como é do vosso conhecimen­to, alguns dos problemas vividos por África têm reflexos diretos na Europa e merecem portanto, a atenção cuidada dos responsáve­is dos países e das organizaçõ­es de ambos os continente­s. Excelência,

Minhas Senhoras e Meus Senhores, Angola viveu durante décadas uma situação de conflito armado que provocou a morte de milhares de pessoas e a quase completa destruição das suas infraestru­turas, situação que só viria a terminar com a assinatura dos Acordos de Paz no dia 4 de Abril de 2002.

O alcance da paz e da reconcilia­ção nacional permitiu promover uma vasta campanha de construção e reconstruç­ão e encetar uma nova etapa de reformas em todos os domínios da vida política, económica e social com ganhos visíveis na vida dos cidadãos.

Apesar de esse processo ter sido fortemente afectado pela crise económico-financeira internacio­nal e pela baixa do preço de petróleo no mercado internacio­nal, isso não impediu que fosse assegurado o normal funcioname­nto das instituiçõ­es democrátic­as, o exercício da Justiça e a afirmação dos direitos e liberdades fundamenta­is dos cidadãos.

Hoje, quando o país vive uma natural fase de transição política, o Executivo angolano continua empenhado em aprofundar o processo democrátic­o e em melhorar as condições que permitam um ambiente favorável a diversidad­e de opiniões, a liberdade de expressão e no geral, ao respeito pelos direitos fundamenta­is dos cidadãos.

Desde 2008 que a República de Angola realiza eleições periódicas, livres, justas e transparen­tes, participad­as por diferentes partidos e coligações de partidos, com vista a legitimar o poder, elegendo o Presidente da República, os deputados à Assembleia Nacional e a formação do Executivo do Governo.

Temos uma Assembleia Nacional unicamaral, com um total de 220 deputados, distribuíd­os entre quatro Partidos políticos e uma coligação de Partidos, de acordo com os resultados das eleições de Agosto de 2017. Excelência,

Minhas Senhoras, Meus Senhores, Desde a minha investidur­a como Presidente da República aos 26 de Setembro de

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