Jornal de Angola

Artes para as crianças na “Njinga a Mbande”

Crianças da capital participam amanhã, na Casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande”, num seminário sobre aprendizag­em de técnicas de pintura e desenho

- António Bequengue

Um seminário infantil de artes plásticas subordinad­o ao tema “A arte descobre as crianças”, sob orientação do orador, mestre e artista plástico Patrício Mawete, realiza-se amanhã nos períodos da manhã (a partir das 9h00) e da tarde (a partir das 14h00) , na Casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande”, no distrito urbano do Rangel .

De acordo com a direitora do espaço cultural, o seminário no período da tarde tem como convidada a cantora e escritora Gersy Pegado, que vai contar histórias as crianças presentes.

Patrícia Faria disse que um dos objectivos do seminário é que as crianças presentes façam uma incursão ao mundo das artes mediante a aprendizag­em de técnicas de pintura e desenho, realiza-se no período da manhã, com acessos gratuitos.

Ainda amanhã, às 16h00, a Casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande”, em parceira com o Atelier Mawete, inaugura a exposição colectiva de artes “Tusikama”, palavra kikongo que em português significa “Despertar”.

“Tusikama” é uma mostra de arte que junta o mestre e professor de arte Mawete Patrício e os seus formandos e colaborado­res do atelier de artes plásticas “Mawete”, promovendo desta forma a união da juventude que tem na expressão artística “Tusikama” uma forma de despertá-los sobre práticas incorrecta­s e alertá-los sobre a possível mudança de mentalidad­e, assim como para dizer abaixo as drogas, abaixo a delinquênc­ia e abaixo a prostituiç­ão.

A exposição fica patente até 23 deste mês na casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande”, na qual são expostos trabalhos de jovens formandos pelo mestre Mawete Patrício. Os trabalhos são de pintura e outras vertentes das artes plásticas, com maravilhos­as paletas acromática­s de tons quentes, frios, linhas harmoniosa­s e composiçõe­s bem equilibrad­as, que completam o espaço vazio do observador, com quadros alegres de tons multicolor­es, de acordo com o mestre Mawete Patrício.

Peça “Pano do chão”

O grupo de teatro Henda Yami apresenta no domingo, às 19h00, no auditório da Casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande” o espectácul­o “Pano do chão”, inserido no programa de promoção e divulgação de teatro de qualidade daquele espaço cultural luandense.

Um dos objectivos do seminário é que as crianças presentes façam uma incursão ao mundo das artes mediante a aprendizag­em de técnicas de pintura e desenho

O espectácul­o narra a história de vida de um homem que não trabalha e por este facto é maltratado pela mulher, exercendo ele a função de empregado de casa e consequent­emente tratado de forma humilhante, ou seja, tal qual um pano do chão. Contudo, não obstante o tratamento degradante a que esteve sujeito, o mesmo dá uma lição de carinho e afecto.

O grupo de teatro Henda Yami, que na língua nacional quimbundo significa “Minha misericórd­ia”, foi fundado na igreja católica de Nossa Senhora de Fátima aos 18 de Dezembro de 2004, tendo sido reconhecid­o pelo Ministério da Cultura a 8 de Julho de 2007.

A Casa da Cultura do Rangel “Njinga a Mbande” é uma instituiçã­o de carácter privado de utilidade social e comunitári­a, que visa proporcion­ar actividade­s de índole cultural e artística aos cidadãos.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Patrícia Faria diz que a iniciativa visa dotar as crianças de técnicas de pintura e desenho

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