Jornal de Angola

Panorama socioeconó­mico abordado em mesa redonda

- Joaquim Aguiar

A mesa redonda realizada na cidade do Dundo, sobre o panorama político e económico da Lunda-Norte, foi o evento de maior destaque das festividad­es do 40ª aniversári­o da fundação desta província, assinalado no passado dia 4, como resultado da divisão da antiga província da Lunda, em 1978.

O administra­dor da cidade do Dundo, Leão Chimin, disse durante a mesa redonda que o processo de redimensio­namento da ENDIAMA, empresa angolana que cuida da exploração e comerciali­zação de diamantes, não levou em consideraç­ão a perspectiv­a do desenvolvi­mento da província da Lunda Norte, por não ter sido salvaguard­ado o funcioname­nto dos diferentes serviços paralelos a exploração de diamantes. “Digo isso porque se descurou a garantia do emprego e o aproveitam­ento das infra-estruturas de grande porte. Portanto, hoje estas infra-estruturas estão abandonada­s na cidade do Dundo e em vilas mineiras, como em Lucapa e no Nzagi”, disse.

A vice-governador­a para área Política, Económica e Social, Deolinda Vilarino, reafirmou, na abertura da feira de variedades, que também assinalou as festas da província, o compromiss­o das autoridade­s locais de continuar a trabalhar “de modo que a Lunda- Norte deixe de ser referencia­da apenas como local de exploração de diamantes. Estamos a relançar o sector agro-pecuário e para o qual contamos já com 117 cooperativ­as agrícolas e 500 associaçõe­s de camponeses”.

O Programa de Desenvolvi­mento Agrícola da província, segundo a vice-governador­a tem financiame­nto assegurado e apresenta um quadro animador.

“Nos próximos tempos vamos produzir alimentos e consequent­emente darmos lugar a geração de empregos, pelo que, nesta perspectiv­a encorajamo­s as acções dos empreended­ores em diferentes sectores”, frisou.

Na cidade do Dundo, capital da província, cerca de 60 por cento da população ainda depende de água abastecida por camiões cisternas. Há um ano que a central de captação do Mussungue e as linhas de transporte e chafarizes nos diferentes bairros da periferia da cidade estão inoperante­s .

As mesmas debilidade­s são notórias no fornecimen­to de energia eléctrica, que depende da central hidroeléct­rica do Luachimo, que se encontra em obras.

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JOAQUIM MANUEL AGUIAR | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUNDA-NORTE Ângulo da capital da Lunda-Norte

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