Jornal de Angola

Testada com êxito vacina experiment­al contra a Sida

Dois terços dos macacos-rhesus submetidos ao tratamento ficaram protegidos pela vacina nos testes de laboratóri­o

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Investigad­ores da univeridad­e sul-africana de Witwatirsr­and anunciaram uma vacina experiment­al contra o VIH, que provocou uma reacção imunológic­a em humanos e protegeu macacos da infecção, noticiou, no sábado, a revista médica “theLancet”

O desenvolvi­mento desta vacina potencial, segura para o homem, está permite que seja colocada no mercado em 2026, admitem os pesquisado­res.

“Estes resultados representa­m uma etapa importante” para a criação de uma vacina, disse o director do estudo, o virologist­a Dan Barouch, em comunicado, publicado na The Lancet.

O virologist­a advertiu que não há nenhuma garantia de que os próximos testes sejam positivos. “Devemos ser prudentes”, declarou à agência AFP o investigad­or. Dois terços dos macacosrhe­sus que foram submetidos ao tratamento ficaram protegidos pela vacina nos testes de laboratóri­o.

Os resultados dos testes mais amplos são esperados em 2021 ou 2022. Trata-se do “quinto conceito de vacina” contra o VIH testado em 35 anos, segundo Dan Barouch. Outra, chamada RV144, demonstrou que protegia o homem do VIH até certo ponto. Em 2009, um estudo indicou ter reduzido em 31,2 por cento o risco de infecção de 16 mil voluntário­s na Tailândia.

Estas mesmas vacinas protegeram dois terços dos 72 macacos que os pesquisado­res trataram após inocular o vírus.

A vacina foi testada em 393 adultos saudáveis, da faixa etária dos 18 aos 50 anos, na África Oriental e Meridional, na Tailândia e nos Estados Unidos. Alguns especialis­tas consultado­s pela AFP saudaram este avanço. “Necessitam­os tanto de uma vacina”, disse François Venter, da universida­de de Witwatersr­and, na África do Sul.

“Provavelme­nte não é a vacina definitiva, mas pode ser um avanço fenomenal”, disse o francês Jean-Daniel Lelièvre, do Instituto de Pesquisa de Vacinas. “No melhor dos casos”, estas pesquisas vão produzir uma vacina administrá­vel dentro de “quase 10 anos”.

Cerca de 37 milhões de pessoas vivem com o VIH, segundo a Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), e cerca de dois milhões de pessoas contraem o vírus anualmente. A doença matou cerca de 35 milhões dos 80 milhões infectados desde que foi diagnostic­ada pela primeira vez, em 1980.

Apesar dos avanços da medicina na prevenção e tratamento da doença, os pesquisado­res insistem nas medidas que devem ser tomadas para não haver novas infecções: protecção durante as relações sexuais, uso de seringas novas e esteriliza­ção do material médico.

Os resultados dos testes mais amplos são esperados para 2021 ou 2022. Trata-se do “quinto conceito de vacina” contra o VIH testado em 35 anos, segundo Dan Barouch

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BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Desenvolvi­mento da vacina contra o VIH/Sida está avançado o suficiente para que seja colocada no mercado em 2026

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