Colombiano detido por engano com denúncia de Portugal
Alberto Santacruz Centeno estava ao balcão de um banco em Barrancabermeja, na Colômbia, quando dois polícias se aproximaram. “Um dos polícias uniformizados pediu-me a identificação para realizar uma verificação. Depois de confirmar os meus dados, disse que era alvo de uma circular azul da Interpol e que tinha que os acompanhar à esquadra”, contou o jornalista da rádio RCN.
A circular azul da Interpol corresponde a um pedido de detenção para obter informações sobre um indivíduo, a sua localização e a ligações a crimes em investigação. É um dos oito tipos de alerta desta polícia internacional, o segundo mais grave a seguir à circular vermelha que se refere a pedido de detenção para extradição.
“No começo achei que era uma piada da polícia, mas momentos depois senti-me como um troféu quando eles chegaram uniformizados. Depois, fiquei cerca de uma hora e meia a tentar provar que não sou o criminoso que eles procuravam”, explicou o jornalista. Foi nesta altura que ficou a saber que o país que tinha emitido o alerta internacional para a Interpol era Portugal. Percebeu ainda que os crimes em causa estão relacionados com enriquecimento ilícito e outros delitos e até brincou com os polícias:
“A mim só me podem procurar por empobrecimento ilícito. Nunca fui a Portugal, não tenho nenhuma relação com Portugal.”
Após ser levado por seis polícias, Alberto Santacruz Centeno contou que as autoridades colombianas acabaram por reconhecer o erro, após mais de uma hora detido nas instalações policiais em Sijin. “Disseram que tinha havido uma confusão com o nome, que procuravam uma pessoa com o mesmo nome do que o meu, que tinha cometido uma série de crimes em Portugal”, explicou à radio Blu.
Após sair em liberdade, Alberto Santacruz Centeno contactou um advogado para saber como proceder e livrar-se de ser novamente detido por outra polícia, já que o mandado de detenção e identificação mantém-se activo, mas dirige-se ao seu homónimo.
“Pretendo sair do país com a minha esposa e a minha filha para comemorar o seu aniversário. Passei tudo a um advogado para que veja como posso fazer para viajar. Se for detido num aeroporto, como é?”, perguntou o jornalista.
Jornalistas procuraram saber junto da Polícia Judiciária portuguesa, que faz a ligação à Interpol, se foi emitida esta circular azul e se o cidadão que é procurado é de nacionalidade portuguesa, mas esta escusa-se a revelar informações sobre um caso em investigação. O norte-americano Steve Ditko, que criou com Stan Lee, o super-herói Homem-Aranha, morreu aos 90 anos, em Nova Iorque, informou ontem a Polícia local. As autoridades encontraram o corpo de Ditko, a 29 de Junho, no apartamento naquela cidade.
Famoso entre os admiradores do Homem-Aranha (Spider-Man), criado em 1962, e também por outras personagens no popular universo da editora Marvel, como a personagem Doctor Strange, Ditko manteve-se afastado da ribalta.
Nascido a 2 de Novembro de 1927, em Johnston (Pensilvânia), Ditko cumpriu o serviço militar no Exército, na Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial e, quando regressou aos Estados Unidos, matriculou-se na escola de caricaturistas e ilustradores de Nova Iorque.
Desde meados dos anos de 1950 trabalhou para editoras como Charlton Comics e Atlas Comics, percursora da Marvel. Em 1962, apresentou com Stan Lee, a personagem do Homem-Aranha, um jovem com fabulosos poderes adquiridos após a picada de uma aranha, que acabou por se transformar num dos superheróis mais populares da história da banda desenhada.
Ditko também assinou a criação de vilões das histórias do Homem-Aranha, como Doctor Octopus e Duende Verde, todos retratados no cinema, tal como Doctor Strange.