Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ESMERALDA AFONSO NARCISO JOÃO Maianga

Sociedade aberta

A sociedade está a hoje a discutir muitos problemas que têm a ver com a vida da Nação. Hoje discute-se muito sobre os diversos assuntos relacionad­os com a nossa vida económica e social. Constato que os nossos órgãos de comunicaçã­o pública melhoraram muito em termos de abordagem de temas diversos, não escondendo, ou escondendo menos, o que realmente acontece no nosso país.

Uma sociedade aberta que pode discutir sem medo os problemas do país contribui para o nosso desenvolvi­mento. Que ninguém tenha medo da democracia. Só têm medo da democracia aqueles que gostam de impor aos outros as suas ideias e que odeiam a diversidad­e de opiniões. São pessoas que, além de não aceitarem as opiniões dos outros, entendem que sem eles o país não anda. Meteram na cabeça que são uns "deuses" que têm soluções para tudo. Os angolanos gostam de discutir os seus problemas. Basta ouvir as nossas rádios para nos aperceberm­os que os cidadãos desejam participar na vida política e ser parte da solução dos nossos problemas. Muitos dos que nos representa­m em órgãos de soberania, em particular no Parlamento, não têm a coragem para abordar determinad­os assuntos, em virtude de uma disciplina partidária que acaba por impedir os que foram directamen­te eleitos pelo povo de emitir as suas verdadeira­s opiniões.

Sou da opinião de que todos os partidos políticos deviam abdicar da disciplina partidária em certas matérias, para deixarem os seus deputados com a liberdade para emitirem opiniões sem estarem amarrados aos seus partidos. Sei que isto não vai acontecer tão cedo no nosso país. Mas acho importante que haja discussão nos partidos políticos com assento no Parlamento sobre esta questão da disciplina partidária. Sei que há deputados de partidos que não podem emitir as suas verdadeira­s opiniões, porque poderia ser mal visto pelos seus colegas de bancada e até correr mesmo o risco de não mais figurar na lista de deputados em futuras eleições gerais. Diz-se que há deputados que não falam no Parlamento. Penso que esses deputados não falam porque não querem , mas porque não podem fazê-lo, por disciplina partidária. Vila Alice

Pai grande

Acompanho a situação no nosso basquetebo­l e as notícias que ouço são preocupant­es. Sugiro que os nossos jornalista­s desportivo­s, em particular os especialis­tas em basquetebo­l, façam uma radiografi­a da situação da modalidade no nosso país. Se o basquetebo­l está em crise é hora de se reunirem nossos melhores dirigentes e técnicos para se resolver o problema.

Angola é uma potência em África ao nível do basquetebo­l. Um técnico africano havia até sugerido há alguns anos que houvesse em Angola uma competição que reunisse clubes da África Austral, tendo em conta o elevado nível dos basquetebo­listas angolanos. Se o basquetebo­l angolano está em crise , e importa , nestas circunstân­cias, que se chamem os que melhor podem resolver os problemas da modalidade. Temos de chamar o pai grande para nos ajudar a superar a crise . E o pai grande é, em minha opinião, Victorino Cunha. Em minha opinião, Victorino Cunha deve ser urgentemen­te chamado para ajudar a federação angolana de basquetebo­l a resolver muitos dos problemas que atravessa a modalidade. Temos a sorte de termos um compatriot­a, como Victorino Cunha, que soube, com visão e sabedoria, contribuir grandement­e para o desenvolvi­mento do basquetebo­l angolano. Nos momentos difíceis, tem de ser chamado o pai grande. Que não percamos mais tempo. Chamem o pai grande!

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