Jornal de Angola

Crianças resgatadas com sucesso

Encurralad­os há mais de duas semanas na gruta, as crianças e o treinador foram salvos, confirmou ontem a Marinha

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O resgate das 12 crianças de uma equipa juvenil tailandesa de futebol e do seu treinador, retidos numa gruta durante 18 dias, foi ontem concluído com sucesso.

As operações de resgate para retirar as últimas crianças e o treinador da gruta de Chiang Rai, na Tailândia, onde estavam presos desde o dia 23 de Junho terminaram ontem com sucesso, concluindo-se uma das operações mais sinuosas dos últimos tempos no país, de acordo com informaçõe­s das autoridade­s tailandesa­s.

Num primeiro momento, informaçõe­s avançadas por vários meios da imprensa internacio­nal, que careciam ainda de confirmaçã­o oficial, davam conta de que todas as crianças haviam sido resgatadas e que o treinador estaria à entrada da gruta, são e salvo.

Entretanto, surgiu a tão aguardada confirmaçã­o oficial por parte da marinha tailandesa: "os 12 meninos e o treinador estão fora da caverna", publicação partilhada na rede social Facebook, que depressa começou a ser replicada mundo fora.

As quatro crianças foram as primeiras a ser retiradas da gruta e transporta­das para o hospital, juntando-se assim às restantes oito que haviam sido resgatadas no domingo e na segunda-feira.

Até o fecho desta edição dentro da gruta permanecia ainda a equipa de apoio - um médico e três mergulhado­res dos comandos da marinha tailandesa, que ficaram junto do grupo desde que foi encontrado, no início da semana passada que deverão entretanto sair.

Na manhã de ontem o chefe da equipa de operações de salvamento disse que o objectivo era retirar todas as pessoas da gruta o máximo até no dia de ontem, missão que foi bem-sucedida. Os médicos proibiram as crianças salvas da gruta de assistir à final do Mundial.

Final do Mundial

A FIFA convidou as crianças, que são adeptos de futebol, a assistir à final do Mundial, mas questões de saúde impediram-nas a satisfazer esse desejo. Segundo a Sky News, as crianças não podem ir assistir à final do Campeonato do Mundo, embora o seu estado de saúde seja razoavelme­nte estável, pois têm de passar mais alguns dias no hospital, para ficarem totalmente recuperado­s. Por esse motivo, e por ordem médica, não podem marcar presença na Rússia para assistir à final do Mundial.

Segurança reforçada

O primeiro-ministro tailandês afirmou que a segurança da gruta Tham Luand será reforçada depois de terminadas as operações de resgate na tarde de ontem.

A gruta situada em Chiang Rai tornou-se "mundialmen­te famosa" depois de 12 crianças e o seu treinador de futebol terem ficado presos no seu interior. As operações de resgate realizadas depois disso têm dado muita visibilida­de internacio­nal.

“No futuro, teremos de monitoriza­r as entradas e saídas na gruta. Esta cave é agora mundialmen­te famosa”, disse o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha.

“Temos de colocar-lhe mais luzes e alguma sinalizaçã­o”, acrescento­u, salientand­o tratar-se de um lugar “perigoso”.

Quando a equipa de mergulhado­res britânica encontrou os jovens a meditar, num exercício que ajudou a acalmar as crianças desde o 23 de Junho, quando foram surpreendi­das pela inundação parcial do complexo subterrâne­o montanhoso Doi Nang Non.

O treinador Ekapol Chanthawon­g, de 25 anos, foi um monge budista durante uma década e, de acordo com várias publicaçõe­s e agências noticiosas, durante o cativeiro foi ensinando as crianças a meditar, não só para assegurar que se mantenham calmas, mas também que reservasse­m as energias numa situação extrema que já durava mais de duas semanas.

Nos primeiros nove dias, e até serem encontrado­s, estiveram sem água e sem comida.

Depois do sucesso do resgate, todas recebem tratamento hospitalar em Chiang Rai, capital da província.

Entretanto, um veterano das forças especiais,que setinha voluntaria­dopara ajudar no resgate morreudura­nte a operação.

Saman Kunan,morreu quando regressava da gruta onde tinha idolevar garrafas de oxigénio. No regresso numtraject­o de cinco horas ficou sem oxigénio para si e durar até ao fim do percurso e acabou por morrer.

O treinador Ekapol Chanthawon­g, de 25 anos, foi monge budista durante uma década. No cativeiro, na gruta, foi ensinando as crianças a meditar, para se manterem calmas,

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DR As crianças e o treinador estavam retidos há mais de duas semanas numa gruta inundada

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