Visão do Governo Provincial
O vice-governador da província de Benguela para a esfera técnica e infra estruturas, Leopoldo Muhongo, alerta para a necessidade de se ter em conta que o saneamento básico não se circunscreve unicamente à recolha dos resíduos sólidos.
“Há muitos outros elementos complementares que, quando não são devidamente tratados, se traduzem num défice da qualidade de vida de todos”, explicou.
O governante revelou que o deficiente tratamento dos resíduos sólidos está na origem de diversas doenças, cuja proliferação aumenta a pressão sobre as unidades hospitalares a vários níveis. Como consequência, o estado é forçado a direccionar maiores recursos financeiros para garantir o tratamento das pessoas internadas nos hospitais. Mesmo assim, há um registo alto de casos que culminam em morte e consequente desintegração familiar.
As cidades do litoral, sobretudo, Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta, já foram alvos de experimentação de um conjunto de soluções para melhorar a qualidade do saneamento. Segundo Leopoldo Muhongo, durante alguns anos, a taxa de higienização daquelas cidades atingiu níveis bastante elevados, quer nos centros urbanos, quer na periferia.
Nesta altura, o desafio que se coloca é a sustentabilidade das iniciativas que no passado recente trouxeram bons resultados face aos escassos recursos alocados, sobretudo, para o pagamento dos trabalhos.
“A melhoria do saneamento do meio não deve ser compreendida como responsabilidade exclusiva do Governo”, sublinhou. “A sociedade da província deve mobilizar-se com o espírito de patriotismo para, em conjunto, esboçar e aplicar estratégias ajustadas à preservação do ambiente”, disse.