Jornal de Angola

1º de Agosto empata com o Libolo no Estádio 11 de Novembro

Militares do Rio Seco desperdiça­m oportunida­de de criar vantagem sobre os petrolífer­os no topo do campeonato

- Honorato Silva

Órfão de ideias, o 1º de Agosto consentiu ontem, frente ao Recreativo do Libolo, no Estádio Nacional 11 de Novembro, o segundo empate consecutiv­o (0-0), na abertura da 23ª jornada do Girabola, depois da goleada (5-0) imposta ao Kabuscorp do Palanca.

Com as atenções viradas para o regresso da Liga dos Campeões Africanos, na qual defrontam na próxima terçafeira, em Lusaka, o Zesco United da Zâmbia, em jogo referente à terceira ronda do Grupo D, os militares do Rio Seco, orientados por Zoran Macki, colocaram-se a jeito diante da formação da vila de Calulo, que parece ganhar ânimo sob a batuta de André Macanga, antigo “capitão” dos Palancas Negras.

Nem a presença de Ibukun, no meio campo, escondeu o apagão competitiv­o dos bi-campeões, quase sempre sem saber o que fazer do esférico, pecha que transforma a posse de bola imposta aos adversário­s um autêntico canhão de pólvora seca. Nos últimos 30 metros os rubros e negros têm sido pouco efectivos.

Melono, irmão de Gelson Dala, promovido dos juvenis para os seniores, pelos atributos de goleador, ainda dinamizou as transições ofensivas do 1º de Agosto, mas sem a profundida­de que se impunha, porque o Libolo, sem adoptar uma postura ultra-defensiva, conseguiu limitar as acções dos donos da casa.

Muito previsível na saída de bola, com recurso, de forma recorrente, às incursões pelo flanco direito, a equipa de Zoran Macki foi um obstáculo fácil de transpor para os pupilos de Macanga, que espreitara­m algumas situações para fazer mossa no último reduto dos detentores do título.

Passo encalhado

Poucas foram as situações de real perigo. Aos 47 minutos, Jaredi teve nos pés a oportunida­de mais clara de golo, mas se deixou antecipar pelo guarda-redes Tony Cabaça, que com arrojo evitou males maiores. Depois da expulsão de Guelor, 65 minutos, por alegada agressão, Ibukun rematou para as nuvens, aos 78, quando teve tempo de escolher um canto e fazer o golo.

O empate, décimo na competição, deixa o 1º de Agosto igualado ao Petro de Luanda, 40 pontos, com o Interclube à espreita. Em caso de vitória sábado, na recepção à Académica do Lobito, os polícias, terceiros classifica­do com 37, podem formar, com os arqui-rivais, um trio de líderes do campeonato.

Enquanto o empate puxou o Recreativo do Libolo para o oitavo lugar, com 26 pontos, os militares ficaram mais uma vez aquém da qualidade competitiv­a exigida a um concorrent­e com os seus pergaminho­s. A equipa dirigida por Macki fica sempre no desejo.

A jornada inscreve ainda os jogos Sagrada Esperança-FC Bravos do Maquis, Domant FC-Sporting de Cabinda, Desportivo da Huíla-Kabuscorp do Palanca, Recreativo da Caála-Progresso Sambizanga e Cuando Cubango FC-1º de Maio de Benguela. Folga o Petro de Luanda.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Nem a presença do criativo Ibukun consegue esconder o apagão competitiv­o dos militares

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