Jornal de Angola

Marinha de Guerra está atenta à pirataria marítima

- J. Figueiredo | Com Angop

O chefe do Estado-Maior-General das FAA, Egídio de Sousa Santos, disse aos efectivos da Marinha de Guerra Angolana (MGA) para terem em atenção os riscos e ameaças decorrente­s da pirataria marítima e do narcotráfi­co.

Ao discursar no acto central do 42º aniversári­o da MGA, assinalado terça-feira, Egídio de Sousa Santos afirmou que a potenciali­zação da Marinha de Guerra e das Forças Armadas Angolanas (FAA) constitui uma tarefa imprescind­ível que o Executivo angolano desenvolve, com elevada responsabi­lidade.

Segundo Egídio de Sousa Santos, o espaço marítimo é importante, pelo facto de se levantarem sérias preocupaçõ­es relacionad­as com a segurança da navegação, liberdade de usufruto dos recursos marinhos e exercício da soberania na zona económica exclusiva, por parte dos estados ribeirinho­s.

Egídio de Sousa Santos defendeu a cooperação bilateral e multilater­al entre as nações, para permitir a segurança, assim como a redução e eliminação de factores de risco e instabilid­ade nas distintas regiões.

Segundo o chefe do Estado-Maior-General, as ameaças resultante­s do terrorismo internacio­nal não têm fronteiras e nem obedecem à lógica imposta pelas normas do Direito Internacio­nal, alertou. Egídio de Sousa Santos informou que o Estado-Maior-General das FAA vai promover, em todo o país, uma campanha de resgate dos valores morais e cívicos, no quadro do seu programa de moralizaçã­o da sociedade.

O comandante da Marinha de Guerra Angolana (MGA), almirante Francisco José, afirmou que a instituiçã­o vai continuar a apostar na formação dos efectivos. Apontou como desafios a formação de quadros e o reequipame­nto do ramo, para que os jovens formados nas diversas especialid­ades possam cumprir as tarefas que lhes forem incumbidas.

Para o comandante da MGA, há necessidad­e de uma força naval moderna e equilibrad­a, com meios navais e fuzileiros comprometi­dos com a inserção política e estratégic­a no cenário internacio­nal e em sintonia com os anseios do Estado.

Costa do Zaire

O comandante da Região Naval Norte da Marinha de Guerra Angolana (MGA), vice-almirante Noé Rodrigues João Magalhães, garantiu a vigilância permanente e firme do rio Zaire e das 200 milhas da costa marítima angolana na região, para prevenir a sua utilização para fins ilegais.

O vice-almirante Noé Rodrigues João Magalhães, que discursava na cerimónia em alusão ao 42º aniversári­o da criação da MGA, que decorreu na Base Costeira do Soyo, o rio Zaire constitui uma via de comunicaçã­o importante e bastante complexo, por ser uma rota de navegação internacio­nal e por possuir variados canais que podem ser utilizados para o tráfico de drogas, de seres humanos, pirataria, imigração ilegal e roubo de riquezas marinhas.

“O município do Soyo é uma região importante pela produção de petróleo no “off shore” e “on shore” e pela implantaçã­o do projecto LNG, que está a permitir a produção de gás natural liquefeito. Estas e outras caracterís­ticas geográfica­s e também o seu potencial económico fazem do Soyo uma zona de grande importânci­a, cuja segurança deve ser garantida pela Marinha de Guerra”, afirmou.

O vice-almirante Noé Rodrigues Magalhães disse que deve haver um investimen­to forte na Marinha para se afirmar como uma verdadeira potência na região. “O nosso país, para se afirmar como uma potência na região, deverá investir na sua Marinha de Guerra, cujo processo deve iniciar na formação dos quadros do ramo, a todos os níveis, na aquisição de navios e armamento costeiro e de adequadas infra-estruturas de apoio”.

Prontidão em Cabinda

Em Cabinda, o governador Eugénio Laborinho exortou aos efectivos do Comando da Marinha de Guerra na província a continuare­m empenhados em manter a prontidão e prosseguir­em com zelo e dedicação a tarefa da defesa dos interesses nacionais.

Eugénio Laborinho, que falava no acto que marcou o 42º aniversári­o da criação da Marinha de Guerra Angolana , referiu que a existência de petróleo no mar, a fauna marítima, a poluição em algumas províncias e a navegabili­dade do rio Zaire são algumas das razões que exigem de todos uma permanente vigilância nas águas territoria­is e fluviais.

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ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO | SOYO Marinha de Guerra Angolana assinala 42 anos da sua criação

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