Planeamento familiar vai ser acompanhado
Até 2050, Angola pode ter 67 milhões de habitantes. A maior taxa de natalidade no país é nas zonas rurais
uma questão de direitos humanos, é também fundamental para o empoderamento das mulheres, para se reduzir a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável.
Para a diplomata das Nações Unidas, há necessidade de salvaguardar o direito fundamental de cada casal de decidir livremente sobre o espaçamento e o número de filhos que pretende ter.
Florbela Fernandes disse que o Fnuap apoia o planeamento nos países em desenvolvimento, assegurando uma gama completa de contraceptivos modernos, fortalecendo os sistemas nacionais de saúde e promovendo a igualdade do género. cuidados de saúde sexual e reprodutiva e direitos reprodutivos, incluindo serviços e informação de planeamento familiar.
7.2 mil milhões de pessoas
A população mundial atingiu neste momento um total de 7,2 mil milhões e estima-se que a sua evolução venha a registar um aumento anual de 75 milhões de pessoas e até 2050 deverá chegar a 9,6 mil milhões de habitantes, revela um relatório apresentado ontem, em Luanda.
O director do Centro de Estudos e Investigação em População da Universidade Agostinho Neto, que apresentou o relatório, disse que o crescimento populacional vai ser maior em países em desenvolvimento, bem como no continente africano.
Ndonga Mfuwa avançou que a população que vive em áreas urbanas vai atingir os 2,5 mil milhões em todo o mundo e, em 2050, 68 por cento do crescimento vai estar concentrado na Ásia e em África. Quanto à evolução da população mundial, actualmente, os dados revelam que aumentaram devido aos níveis de fecundidade em alguns países. Por exemplo, sublinhou, nos países de alta fertilidade da África Subsaariana, o número médio estimado de filhos por mulheres foi ajustado para mais de cinco por cento.
Segundo o académico, o relatório lembra que em alguns países em desenvolvimento, especialmente em África, a população está a crescer rapidamente. O professor Lukombo Nzatuzola, que apresentou o tema “População e mercado de trabalho em Angola”, afirmou que a empregabilidade no país é péssima, alegando que se houvesse mais postos de trabalho em outras áreas a situação não seria preocupante.
“Precisamos de cumprir todos os tratados sobre os direitos humanos, para que até 2050 possamos atingir uma população estimada em 67 milhões de habitantes”, disse José Cunha