Jornal de Angola

França e Croácia jogam final inédita

Jogadores croatas foram os protagonis­tas das meias finais ao afastarem os ingleses

- Paulo Caculo | Moscovo

Está definida a dupla de selecções que no próximo domingo, dia 15, no Estádio Luzhniki de Moscovo, decide a posse do título da 21.ª edição do Campeonato do Mundo de futebol, que se disputa na Rússia.

Contra todas as expectativ­as, aliás um signo deste Mundial, mais um “out sider”, a Croácia, contrariou a teoria do favoritism­o e relegou para o “segundo plano” uma selecção da Inglaterra, à priori, tida como uma das grandes candidatas a conquistar este campeonato.

É o melhor registo até hoje conseguido pela Croácia no seu histórico em presenças nos Mundiais, superando as meias-finais de 1998, no campeonato curiosamen­te organizado e vencido pela França, seu adversário da final de domingo.

O grande feito alcançado pelo conjunto croata remeteos, agora, também a condição de candidato, embora não seja favorito no confronto com os franceses. Mas, ainda assim, a postura aguerrida, valente e destemida espelhada pelo conjunto “vermelho axadrezado”, pode ajudar a torná-lo no próximo “herói improvável” deste campeonato do mundo.

Diante de uma selecção inglesa mais adulta e experiente, deve-se elogiar a atitude evidenciad­a em campo pelos croatas, que continuam a revelar força colectiva e solidez competitiv­a para discutir “mano-a-mano” os espaços diante de selecções teoricamen­te mais fortes e com percurso histórico no Mundial.

O desfecho do jogo das meias-finais pode ajudar a servir de lição para o conjunto britânico, que jamais foi capaz de justificar e consolidar um domínio no duelo com os croatas, deixando fugir “entre os dedos” a ocasião soberana que dispôs, para repetir ou igualar o feito alcançado pela geração de 1966, no Mundial disputado “intramuros”.

Ou seja, ao conjunto inglês restará a consolação de um terceiro lugar, cujo prémio terá igualmente de justificar, tendo de ostentar arcaboiço suficiente para o merecer, sábado, na discussão com a Bélgica, outra das selecções difíceis de ultrapassa­r.

Que dizer, então, da selecção da França? Considerad­os, no passado, como os “azarados” dos Mundiais dos anos 80, os franceses não chegavam

O grande feito alcançado pelo conjunto croata remete-o, agora, também para a condição de candidato, embora não seja favorito no confronto com os gauleses

a final desde o campeonato de 2006, na Alemanha.

Antes disso, protagoniz­aram uma longa travessia no deserto, no percurso de 1930 a 1994, com prestações muito irregulare­s, sempre a alternar entre os “quartos” e meiasfinai­s. Apenas em 1998, no seu próprio território, a França foi capaz de redimir-se, conquistan­do o título da prova, com uma selecção que produziu o melhor futebol da sua história.

De resto, a final entre as selecções da França e da Croácia, agendada para domingo, promete muito. Os franceses sonham com o segundo título e os croatas vivem nas “nuvens” a possibilid­ade de chegarem, pela primeira vez, ao lugar mais alto do pódio do Mundial. Antes disso, no sábado, as selecções da Bélgica e Inglaterra discutem o terceiro e quarto lugares.

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DR Griezman e Modric levam duelo madrileno para Moscovo

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