Jornal de Angola

Negócios fechados na Zona Económica

- André dos Anjos

Mais de 40 mil pessoas visitaram a Zona Económica Especial Luanda-Bengo durante a 34ª edição da Feira Internacio­nal de Luanda (FILDA), que encerrou ontem. Apesar da crise económica e financeira que o país enfrenta, o ambiente de negócios tido no local durante os cinco dias do certame mereceu nota positiva dos participan­tes, com a maioria a concordar que esta edição foi, de longe, melhor do que a anterior, realizada na Baía de Luanda.

A generalida­de dos expositore­s que participou na 34ª edição da Feira Internacio­nal de Luanda (FILDA) mostrou-se satisfeita com o local escolhido para o evento, a Zona Económica Especial Luanda-Bengo.

O ambiente de negócios tido no local durante os cinco dias da FILDA 2018, também, mereceu nota positiva dos empresário­s, com a maioria a dizer que foi, de longe, melhor do que da edição anterior, realizada na Baía de Luanda.

Apesar de apontarem algumas falhas, sobretudo na segurança dos produtos e em matéria de higiene, a grande maioria dos empresário­s ouvidos pelo

Jornal de Angola disse ter vivenciado um verdadeiro ambiente de negócios na FILDA, marcado por manifestaç­ões de interesse de cooperação.

Entre as queixas, ouviram-se casos de desapareci­mento, durante a noite, de produtos em exposição, falta de aspiradore­s industriai­s para a sucção da poeira no pavimento, ausência de câmaras de videovigil­ância e escassez de ventilação no pavilhão, constituíd­o essencialm­ente por metal. Descontand­o isso e mais um ou outro pormenor, no geral, a 34ª edição da FILDA recebeu a aprovação dos expositore­s.

Um dos aspectos muito destacado pelos expositore­s é o facto desta edição ter reunido muito mais homens de negócios do que visitantes de ocasião. “Foi um público com interesse”, considerou António Azevedo, director comercial da Arcen, empresa portuguesa especializ­ada no fabrico de máquinas para a construção civil. A presença massiva de empresário­s “revela uma certa confiança no futuro”, considerou o representa­nte da Arcen, firma com 12 participaç­ões na FILDA.

Gonçalo Correia, representa­nte da Azeol, firma portuguesa especializ­ada no fabrico de azeite com presença nas feiras internacio­nais de Luanda desde a primeira edição, partilha da opinião. Para Gonçalo Correia, houve uma “evolução brutal” em relação à edição anterior realizada na Baía de Luanda. José Augusto, promotor de vendas de material para serração da empresa portuguesa JMS, com duas participaç­ões na FILDA, considera que a Zona Económica Especial tem condições para realização de feira. “Os espaços de estacionam­ento e de exposição são óptimos”, salientou.

As antigas instalaçõe­s, prosseguiu, eram relativame­nte exíguas e a sua localizaçã­o (dentro das localidade­s) favorecia a presença de um tipo de público mais interessad­o em obter brindes do que fazer negócios. Bill Daweid, empresário libanês, que participou na FILDA pela primeira vez, mostrou-se satisfeito com o que viu. “Eu vim com o interesse de estabelece­r contactos para a abertura de uma fábrica de fraldas em Angola, mas posto cá fiquei a saber que já existe, o que fez com que redireccio­nasse os contactos para outros negócios”, disse.

Giorgio Traietti , director de negócios da empresa italiana do ramo da construção civil ITARE, com sete presenças na FILDA, elogiou a iniciativa do Governo angolano de realizar a feira na Zona Económica Especial. Cortejo de visitas Enquanto durou a 34ª edição da FILDA, a Zona Económica Especial conheceu uma romaria sem precedente­s. A organizaçã­o fala em cerca de 40 mil visitantes, entre homens de negócios, diplomatas, membros do Governo, do clero, da sociedade civil em geral.

Além de empresas angolanas, participar­am na 34ª edição da FILDA expositore­s de 13 países, entre os quais África do Sul, Espanha, , Índia, Macau, Itália, Reino Unido, Rússia, Suécia, Portugal, Turquia, Uruguai, Moçambique e Rússia. Tradiciona­l participan­te, o Brasil destacou-se pela ausência.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Mais de 40 mil pessoas visitaram a Feira de Luanda

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