Negócios fechados na Zona Económica
Mais de 40 mil pessoas visitaram a Zona Económica Especial Luanda-Bengo durante a 34ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que encerrou ontem. Apesar da crise económica e financeira que o país enfrenta, o ambiente de negócios tido no local durante os cinco dias do certame mereceu nota positiva dos participantes, com a maioria a concordar que esta edição foi, de longe, melhor do que a anterior, realizada na Baía de Luanda.
A generalidade dos expositores que participou na 34ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) mostrou-se satisfeita com o local escolhido para o evento, a Zona Económica Especial Luanda-Bengo.
O ambiente de negócios tido no local durante os cinco dias da FILDA 2018, também, mereceu nota positiva dos empresários, com a maioria a dizer que foi, de longe, melhor do que da edição anterior, realizada na Baía de Luanda.
Apesar de apontarem algumas falhas, sobretudo na segurança dos produtos e em matéria de higiene, a grande maioria dos empresários ouvidos pelo
Jornal de Angola disse ter vivenciado um verdadeiro ambiente de negócios na FILDA, marcado por manifestações de interesse de cooperação.
Entre as queixas, ouviram-se casos de desaparecimento, durante a noite, de produtos em exposição, falta de aspiradores industriais para a sucção da poeira no pavimento, ausência de câmaras de videovigilância e escassez de ventilação no pavilhão, constituído essencialmente por metal. Descontando isso e mais um ou outro pormenor, no geral, a 34ª edição da FILDA recebeu a aprovação dos expositores.
Um dos aspectos muito destacado pelos expositores é o facto desta edição ter reunido muito mais homens de negócios do que visitantes de ocasião. “Foi um público com interesse”, considerou António Azevedo, director comercial da Arcen, empresa portuguesa especializada no fabrico de máquinas para a construção civil. A presença massiva de empresários “revela uma certa confiança no futuro”, considerou o representante da Arcen, firma com 12 participações na FILDA.
Gonçalo Correia, representante da Azeol, firma portuguesa especializada no fabrico de azeite com presença nas feiras internacionais de Luanda desde a primeira edição, partilha da opinião. Para Gonçalo Correia, houve uma “evolução brutal” em relação à edição anterior realizada na Baía de Luanda. José Augusto, promotor de vendas de material para serração da empresa portuguesa JMS, com duas participações na FILDA, considera que a Zona Económica Especial tem condições para realização de feira. “Os espaços de estacionamento e de exposição são óptimos”, salientou.
As antigas instalações, prosseguiu, eram relativamente exíguas e a sua localização (dentro das localidades) favorecia a presença de um tipo de público mais interessado em obter brindes do que fazer negócios. Bill Daweid, empresário libanês, que participou na FILDA pela primeira vez, mostrou-se satisfeito com o que viu. “Eu vim com o interesse de estabelecer contactos para a abertura de uma fábrica de fraldas em Angola, mas posto cá fiquei a saber que já existe, o que fez com que redireccionasse os contactos para outros negócios”, disse.
Giorgio Traietti , director de negócios da empresa italiana do ramo da construção civil ITARE, com sete presenças na FILDA, elogiou a iniciativa do Governo angolano de realizar a feira na Zona Económica Especial. Cortejo de visitas Enquanto durou a 34ª edição da FILDA, a Zona Económica Especial conheceu uma romaria sem precedentes. A organização fala em cerca de 40 mil visitantes, entre homens de negócios, diplomatas, membros do Governo, do clero, da sociedade civil em geral.
Além de empresas angolanas, participaram na 34ª edição da FILDA expositores de 13 países, entre os quais África do Sul, Espanha, , Índia, Macau, Itália, Reino Unido, Rússia, Suécia, Portugal, Turquia, Uruguai, Moçambique e Rússia. Tradicional participante, o Brasil destacou-se pela ausência.