Jornal de Angola

Presidente da FNLA exige mais sacrifício­s

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O presidente da FNLA, Lucas Ngonda, exortou ontem os novos membros do Bureau Político (BP) e do Comité Central (CC) a redobrarem esforços nas tarefas tendo em vista a realização de eleições autárquica­s, nas quais o partido deve obter bons resultados.

Lucas Ngonda, que falava, em Luanda, no acto de tomada de posse de 45 membros do BP e 221 do CC, eleitos no último congresso extraordin­ário, realizado no final do mês passado, no Huambo, afirmou que as eleições autárquica­s vão exigir aos dirigentes da FNLA sacrifício­s para que o partido esteja bem representa­do em todos os municípios a serem selecciona­dos para as autarquias.

Outro desafio dos novos membros do BP e do CC da FNLA é lutar contra todos aqueles que procuram destruir o partido, disse ainda o líder do “partido dos irmãos”, numa clara alusão a um grupo de militantes que, à revelia da direcção do partido, realizou no mês passado, em Luanda, um outro congresso extraordin­ário, em que o docente universitá­rio Fernando Pedro Gomes foi eleito presidente.

“Todas as tentativas para nos destruírem foram fracassada­s graças ao sentido patriótico dos dirigentes e militantes do partido. Mostrámos, mais uma vez, que unidos somos mais fortes e venceremos”, afirmou Lucas Ngonda, que acusou o grupo de Pedro Gomes de "corja de delinquent­es que se querem apropriar do pequeno património" que ainda resta da FNLA.

Reacção ao Tribunal

A ala da FNLA liderada por Fernando Pedro Gomes reagiu negativame­nte as afirmações do director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constituci­onal (TC), Juvenis Paulo, segundo as quais este órgão invalidou o congresso realizado de 20 a 24 do mês passado, em Luanda, por não ter previsão estatutári­a.

Laiz Eduardo, porta-voz da facção, disse ter ficado perplexo com as declaraçõe­s de Juvenis Paulo à Rádio Nacional de Angola e retomadas na edição de ontem do Jornal de Angola. Segundo Laiz Eduardo, o TC recebeu sim os documentos do conclave de Luanda, não por meio do Gabinete dos Partidos Políticos, que Juvenis Paulo dirige, mas pela “secretaria dos Asuntos Judiciais”, pois, segundo o político, o problema a ser resolvido pelo TC tem a ver com um litígio.

“Estamos serenos e vamos esperar que seja o plenário do Tribunal Constituci­onal a resolver o problema. Na devida altura, vamos nos pronunciar, quer a decisão dos juízes seja favorável, quer seja desfavoráv­el”, concluiu.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Lucas Ngonda quando conferia posse a novos dirigentes

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