Jornal de Angola

BP investiu trinta mil milhões de dólares

Representa­nte da empresa de capitais britânicos declarou que os fundos foram empregues em projectos desenvolvi­dos nos últimos 15 anos

- Leonel Kassana

A British Petroleum, (BP) investiu, nos últimos 15 anos, mais de 30 mil milhões de dólares norte-americanos em vários projectos para a exploração do petróleo e gás em Angola, segundo o director de políticas governamen­tais da companhia, em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, à margem da Feira Internacio­nal de Luanda, FILDA, que encerrou ontem depois de quatro dias de actividade.

Adalberto Fernandes considerou que esses investimen­tos confirmam a confiança da BP, operadora dos blocos petrolífer­os 18, em águas profundas, e 31, em ultra profundas, no futuro do sector em Angola.

“A presença da BP e outras companhias nesta grande montra de negócios é, certamente, um sinal positivo que passamos do país para o Mundo”, disse Adalberto Fernandes, destacando a crescente disponibil­idade da companhia em ajudar o Governo de Angola, num momento em que pretende atrair mais negócios e investimen­to estrangeir­o.

A BP é, também, parceira nos blocos 15 e 17, bem como no projecto de gás Angola LNG, detendo uma quota de dez por cento do total da produção angolana de crude, sendo o resto dividido por outras empresas.

O responsáve­l da BP confirmou, também, a aposta da companhia em novos desafios tecnológic­os em águas profundas no “offshore” angolano, referindo que decorre, com o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e a Sonangol, um trabalho que passa por identifica­r oportunida­des para o que chamou de “nova era de investimen­tos”.

“Nós estamos agora a trabalhar para a definição da segunda era de investimen­tos em Angola. O bloco 18 está em águas profundas e o 31 em águas ultra profundas, mas estamos dispostos a encarar novos desafios em outras oportunida­des que nos sejam proporcion­adas”, sublinhou, confiante no potencial das reservas provadas de petróleo angolano, calculadas entre dez e 12 mil milhões de barris. Responsabi­lidade comunitári­a Segundo Adalberto Fernandes, a Bristish Petroleum tem uma componente social bastante forte, com investimen­tos substancia­is nas comunidade­s, sobretudo nos domínios da saúde e melhoria da qualidade do ensino superior.

A BP tem parcerias com a Faculdade de Direito da Universida­de Agostinho Neto para o financiame­nto de um mestrado em direito do petróleo e gás, no valor de 1,639 milhão de dólares norte-americanos, valor que desce para 981 mil no programa de estágios profission­ais e comunitári­os com a Developmen­t Workshop, uma ONG canadiana.

Num outro projecto, para a preservaçã­o das tartarugas marinhas, executado em parceria com a Faculdade de Ciências da Universida­de Agostinho Neto, a BP investiu 827 mil dólares e outros 293 mil no laboratóri­o de simulação médica para enfermeiro­s do Instituto de Enfermagem. Para o mestrado em gestão e governação ambiental, acordado com a Faculdade de Ciências da Universida­de Agostinho Neto, foram concedidos 278 mil dólares.

“A companhia está também envolvida no financiame­nto de escolas rurais nas províncias de Benguela, Huambo e Luanda, o que realça o nosso compromiss­o social”, sublinhou Adalberto Fernandes, referindo que na construção do centro comunitári­o da Sé Catedral do Lobito, a BP disponibil­izou 1,274 milhões de dólares.

“Investimen­tos confirmam a confiança da BP no futuro do sector das águas profundas e ultra-profundas de Angola”

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VIGAS DA PURIFICAÇíO| EDIÇÕES NOVEMBRO Stands dos petróleos na FILDA 2018, vendo-se ao fundo o da empresa britânica

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