Jornal de Angola

Taxistas marcham contra possível subida de preços

- André da Costa

Centenas de taxistas marcharam ontem, em Luanda, contra uma eventual subida do preço dos combustíve­is no país. Convocados pela Associação Nova Aliança de Taxistas de Angola, os manifestan­tes caminharam do cemitério da Sant'Ana, na Deolinda Rodrigues, até ao largo das Heroínas, na avenida Ho Chi Mim.

Empunhando cartazes com vários dizeres, os taxistas de Luanda apoiados por vários cidadãos pertencent­es ao Movimento de Estudantes Angolanos, chamaram a atenção do Executivo das consequênc­ias para a população caso vem a ser aprovada a eventual proposta de subida do preço dos combustíve­is.

Com a protecção de forte aparato da Polícia Nacional, os manifestan­tes, na sua maioria apeados e outros transporta­dos em algumas viaturas que efectuam serviço de táxi, nas ruas da capital, marcharam de forma ordeira e pacífica, sem registo de qualquer desacato à lei, ou outro acto que pertubasse a ordem.

O secretário-geral da Nova Aliança dos Taxistas de Angola disse ao Jornal de Angola que a marcha foi um sinal de descontent­amento em função de um possível aumento do preço dos combustíve­is por parte do Executivo, como recomendaç­ão do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI).

Francisco António entende que o Executivo angolano deve procurar outras opções para fazer frente à difícil situação económica que o país vive, resultado da crise financeira internacio­nal, e não aumentar o preço dos combustíve­is, porque vai prejudicar os pacatos cidadãos.

De acordo com o responsáve­l da ANATA, caso o Executivo avance com a ideia, a sua organizaçã­o vai propor ao Ministério das Finanças para subvencion­ar os preços dos combustíve­is para a classe de taxistas na ordem dos 40 por cento, como forma de manter os 150 kwanzas, o valor actual da corrida de táxi. Caso o Executivo não atenda a proposta, disse peremptóri­o Francisco António, a ANATA vai orientar os seus filiados para aumentarem a corrida de táxi de 150 para 300 kwanzas.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Manifestan­tes apelaram à ponderação do Executivo

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