Jornal de Angola

Deschamps procura repetir feito de há duas décadas

- Paulo Caculo | em Moscovo

O técnico Didier Deschamps já conquistou o Campeonato do Mundo como jogador pela França, em 1998, e busca repetir o feito como técnico. Deschamps de 49 anos nascido em Bayonne, foi uma peça activa no único título mundial francês até hoje.

Em 1998, quando tinha 29 anos, foi o capitão da geração liderada por Zidane na prova disputada em casa. Vinte anos depois, é o treinador em uma nova aparição. O médio começou a carreira de jogador no Nantes.

Ainda em França, passou por Olympique de Marselha e Bordeaux. Depois, rodou a Europa jogando pela Juventus, Chelsea e Valência. Junto de Tite, com 14,5 milhões de euros por ano, tem o segundo maior salário de um treinador no Mundial, ficando atrás apenas do alemão Joachim Low.

Deschamps terminou a carreira como jogador em 2001 e, a seguir, começou a de técnico. Passou por Monaco, Juventus e Olympique de Marselha até ser convidado para treinar a França em 2012.

Os trabalhos na selecção resultaram em uma eliminação nos quartos-de-final em 2014 e foi finalista vencido no Euro 2016, perdendo para Portugal. No Mundial deste ano, a França passou em primeiro no grupo.

Nos oitavos, afastou a Argentina (4-3), nos quartos, despachou (2- 0), o Uruguai. Na meia-final, com golo de Umtiti, os gauleses derrotaram (1-0) a Bélgica. O Estádio Luzhniki, em Moscovo, será hoje, às 16h00, palco do último jogo do Mundial, o mais importante da prova e decisivo na atribuição do troféu de campeão do mundo. Quis o destino, que França e Croácia fossem os principais protagonis­tas da final da edição 2018 da competição, organizada pela Rússia.

Nunca antes, no histórico de finalistas do campeonato do mundo, houve um cruzamento entre croatas e franceses. É, por isso, uma final inédita no Mundial de futebol e cujos adeptos aguardam com particular interesse e enorme expectativ­a.

Mas não é o primeiro encontro entre Gauleses e Balcãs em palcos do Mundial. Aliás, foram os franceses que há sensivelme­nte 20 anos negaram aos croatas o tão ansiado sonho de disputarem, pela primeira vez, a final do campeonato do mundo de 1998.

Em face disso, o desafio desta tarde assume contornos de “ajuste de contas”. Ou seja, a Croácia não estará disposta e muito menos preparada para voltar a ceder nova derrota diante da França. O conjunto às ordens de Zlatko Dalic vive um momento histórico do seu futebol, já que disputam a final pela primeira vez, desde que se estrearam numa fase final do campeonato do mundo. Facto que está a gerar um ambiente de enorme euforia no balneário da selecção croata.

Mágicos e construtor­es

Mais do que a expectativ­a de se assistir a um bonito espectácul­o de futebol, as várias centenas de adeptos terão ainda a oportunida­de de ver evoluir no relvado uma autêntica constelaçã­o

Os feitos já protagoniz­ados pela Croácia neste campeonato do mundo obrigam a França a abordar este jogo com inúmeras cautelas, para evitar ser surpreendi­da. Depois da decepção vivida no Europeu de 2016, os Blues não querem voltar a defraudar a expectativ­a dos seus adeptos, razão pela qual se antevê um desafio extremamen­te disputado e com níveis de competitiv­idade muito elevados.

A França deve jogar com Hugo Lloris; Pavard, Raphael Varane, Umtiti, Lucas Hernandez; Kante, Paul Pogba, Mbappé, Griezmann, Tolisso e Giroud. Já a Croácia pode alinhar este “onze”: Subasic; Vida, Lovren, Vrsaljko e Strinic; Rakitic, Modric, Rebic, Kramaric, Perisic e Mandzukic.

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