Joseph Kabila troca chefe do Estado-Maior
O Presidente congolês, Joseph Kabila, substituiu no passado fim-de-semana o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Congolesas, Didier Etumba, pelo tenentegeneral Célestin Mbala.
As nomeações incluem alguns oficiais-generais sancionados pela comunidade internacional por entrave à democracia, como é o caso do major-general Gabriel Amisi “Tango Fort”, que era o comandante da primeira zona militar que inclui Kinshasa e que é agora o chefe do Estado-Maior adjunto para as Operações e Reconhecimento.
O Presidente Kabila nomeou também o general John Numbi, antigo comandante da Polícia, para o cargo de inspector-geral das Forças Armadas.
Antigo rebelde, durante a segunda guerra do Congo, entre 1998-2003, o general Amisi foi suspenso das funções de chefe do EstadoMaior das FARDC, em 2012, acusado pelos peritos da ONU de dirigir o tráfico de armas para os grupos rebeldes do leste do país.
Em 2014, o Conselho superior de Defesa anulou as acusações, tendo, depois, sido nomeado para comandante da primeira zona de Defesa do Congo, que incluía as províncias do Kongo central, do Bandundo e de Kinshasa.
O general John Numbi é considerado pelos defensores dos direitos humanos como o primeiro suspeito do assassinato do líder dos direitos, Floribert Chebeya, em Junho de 2010.
Suspenso das suas funções, pouco depois do assassinato de Chebeya, o a general Numbi negou as acusações e, em 2017, o Presidente Kabila promoveu-o general, a título honorífico.
As eleições presidenciais de 23 de Dezembro vão eleger o sucessor de Joseph Kabila, cujo mandato terminou em Dezembro de 2016.
A Constituição proíbe-o de concorrer para um terceiro mandato, mas os seus adversários acusam-no de querer continuar no poder.