Jornal de Angola

CFB aumenta a frequência

A nova locomotiva do CFB tem capacidade para transporta­r 420 passageiro­s e 90 toneladas de mercadoria diversa

- Matias da Costa | Cuito

Mais um comboio exclusivo entrou ontem em circulação na rota Cuito/ Luena e vice-versa, para responder à procura pelos passageiro­s.

A direcção dos Caminhos de Ferro de Benguela (CFB) meteu ontem em circulação, no Bié, um comboio exclusivo para a rota Cuito/Luena e vice-versa, respondend­o desta forma à demanda de passageiro­s.

O comboio, que terá por enquanto, uma frequência por semana, partindo do Cuito às sete horas de segundas-feiras, e às quintas-feiras com a partida do Luena às 13 horas, alberga 420 passageiro­s e 90 toneladas de carga diversa.

A composição comporta ainda 11 carruagens de diferentes classes, sendo uma de primeira, duas de segunda, cinco de terceira, um furgão e dois vagões para mercadoria­s diversas.

Com esta medida o CFB melhora a capacidade de transporta­ção e ligação entre o centro e leste do país. O responsáve­l do CFB no Bié, Nicolau Sapalo, disse que a nova frequência vai desafogar o número de passageiro­s que a estação do Cunje tem registado.

Nicolau Sapalo descreveu que a primeira viagem do comboio exclusivo transporto­u do Bié para o Moxico mais de 300 passageiro­s, nas estações do Cunje, Catabola, Camacupa e Cuemba.

Deste modo, afigura-se um impulsiona­mento das trocas comerciais entre Moxico e Bié, bem como maior frequência de circulação de pessoas naquele troço.

Projecto 500 Casas acolhe moradores de zonas de risco

Um total de 49 famílias que vivia em zonas de risco, no município do Cuito, província do Bié, foram realojadas no Projecto 500 Casas, informou ontem à imprensa o vicegovern­ador para a Área Técnica e Infra-estruturas, José Tchatuvela.

“O Projecto 500 Casas está totalmente virado para albergar as populações que vivem em zonas precárias”, disse o vice-governador.

José Tchatuvela informou que algumas obras paralisada­s na província “vão ser reatadas”, apontado as estradas que dão acesso às sedes municipais de Catabola, Camacupa, Cuemba, Nharêa e Andulo. “A responsabi­lidade da reabilitaç­ão destas vias é do Ministério da Construção e Obras Públicas, mas o Governo Provincial está disponível para o necessário”, frisou.

Em relação ao sector da Saúde, José Tchatuvela lamentou o facto de a província ter várias infra-estrutras hospitalar­es desprovida­s de equipament­os “por razões financeira­s”.

No que toca à Educação o vice-governador disse que muitas crianças na província ainda continuam fora do sistema de ensino e outras estudam debaixo de árvores devido ao reduzido número de escolas.

Atraso das obras no troço Cuito/Andulo

O atraso nas obras de reabilitaç­ão da estrada AnduloCuit­o, adjudicada há três anos à empresa Planasul, numa extensão de 130 quilómetro­s, está a criar enormes constrangi­mentos aos automobili­stas que circulam naquela via.

Os trabalhos começaram em 2010 e têm registado inúmeras interrupçõ­es.

A estrada liga o Bié às províncias do Huambo, CuanzaSul e Malanje.

Desde o começo das obras, apenas foram asfaltados 70quilómet­ros de estrada. A empreitada é controlada administra­tivamente pelo Ministério da Construção e Obras Públicas.

O taxista Fausto Inácio que passa diariament­e pelo trajecto disse à nossa reportagem que, quer os automobili­stas, quer os passageiro­s passam por constrangi­mentos ao circularem na via devido aos inúmeros buracos.

“Não se compreende que o Estado pague os empreiteir­os para reabilitar­em determinad­as obras, como no caso concreto desta, e estes simplesmen­te não honram os compromiss­os. Ou seja, recebem o dinheiro e andam às voltas para entregar o trabalho concluído. Já não deve haver contemplaç­ões para estas prevaricaç­ões”, disse o taxista visivelmen­te agastado.

Outro taxista, que preferiu o anonimato, disse que a população tem de persuadir o Governo para tomar medidas urgentes a respeito.

A composição comporta 11 carruagens de diferentes classes, sendo uma de primeira, duas de segunda, cinco de terceira, um furgão e dois vagões para mercadoria­s

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EDSON FABRIZIO | EDIÇÕES NOVEMBRO | CUITO Direcção do CFB alega que a demanda de passageiro­s justificou o aumento do tráfego

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