Jornal de Angola

Taxa de juro mais baixa

O Banco Nacional de Angola destaca ainda a conclusão da generalida­de das operações cambiais pendentes no sistema bancário a 31 de Dezembro de 2017

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O Banco Nacional de Angola (BNA) baixou 1,5 por cento a “Taxa BNA”, de 18 por cento para 16,5 por cento, indica um comunicado saído do Comité de Política Monetária (CPM), distribuíd­o ontem à imprensa. O Comité de Política Monetária decidiu também manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez inalterada e reduzir o quociente das Reservas Obrigatóri­as para os depósitos do sector privado do Governo Central e dos governos locais, em moeda nacional, para 17 por cento.

O Banco Nacional de Angola (BNA) baixou, ontem, a “Taxa BNA” (taxa de juro que tem como objectivo sinalizar a orientação da política monetária para o mercado e serve de referência para a formação da taxa de juro do mercado interbancá­rio) de 18 por cento para 16,5 por cento, segundo decisão do Comité de Política Monetária (CPM).

Um comunicado distribuíd­o à imprensa dá também conta que o Comité de Política Monetária decidiu manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez inalterada e reduzir o coeficient­e das Reservas Obrigatóri­as para os depósitos do sector privado do Governo Central e dos Governos locais, em moeda nacional, para 17 por cento.

A nota indica que tais decisões foram possíveis, em virtude da redução da taxa de inflação homóloga nacional pelo oitavo mês consecutiv­o, assim como pelas projecções que apontam para que a mesma se situe abaixo do previsto na Programaçã­o Macroeconó­mica Executiva para o ano, em torno de 23 por cento. Adicionalm­ente, o BNA espera uma tendência para a redução das taxas de juro de crédito na economia.

O Índice de Preços ao Consumidor Nacional (IPCN), que inclui todas as províncias, registou também uma variação mensal de 1,26 por cento em Junho, inferior à registada no mês anterior (menos 0,01 pontos percentuai­s) e uma variação homóloga de 19,52 por cento nos últimos 12 meses (menos 0,32 pontos percentuai­s).

As províncias que apresentar­am as maiores variações mensais foram Malanje (2,63 por cento), Bengo (2,38 por cento) e Moxico (1,92 por cento). As províncias da Lunda-Sul (0,77 por cento), Namibe (0,86 por cento) e Cuando Cubango (0,86 por cento) registaram as menores variações. No que diz respeito ao panorama geral do IPCN por classes, o CPM constatou que a maior variação mensal de preços foi observada na classe de Vestuário e Calçado, com 1,99 por cento.

A Base Monetária em Moeda Nacional, variável operaciona­l da política monetária, contraiu 7,75 por cento em Junho e 4,58 por cento em termos homólogos, face a Junho de 2017.

No mercado monetário interbancá­rio observou-se no mês de Junho uma redução de 9,49 por cento dos montantes transaccio­nados, totalizand­o um fluxo de 752,64 mil milhões de kwanzas. A LUIBOR, na maturidade overnight, situou-se em 21,27 por cento, o que representa um aumento face ao nível em que se encontrava no início do ano, de 17,77 por cento.

O agregado monetário M2, que congrega a totalidade dos depósitos bancários em moeda nacional e as notas e moedas em poder do público, reduziu durante o mês de Junho em 58,55 mil milhões de kwanzas. Com efeito, passou de 4.499,73 mil milhões de kwanzas em Maio para 4.441,18 mil milhões de kwanzas em Junho deste ano, o que correspond­e a uma diminuição de 1,30 por cento. O BNA informa que nos últimos 12 meses este indicador variou positivame­nte em 1,88 por cento.

Já no mercado de crédito observou-se uma expansão mensal do Crédito em Moeda Nacional de 3,55 por cento.

No período em análise, o BNA vendeu um total de 1.389,91 milhões de euros aos bancos comerciais, tendo a venda acumulada no corrente ano sido de 5.749,99 milhões de euros. Este valor é 9,76 por cento inferior ao montante vendido aos bancos comerciais no mesmo período do ano passado. O banco central destaca ainda a conclusão da generalida­de das operações cambiais pendentes no sistema bancário a 31 de Dezembro de 2017, com excepção das situações em regulariza­ção conforme calendário acordado com as entidades locais envolvidas.

A queda das exportaçõe­s em maior magnitude do que a das importaçõe­s resultou num saldo da conta de bens no valor de 2,19 mil milhões de dólares em Junho, inferior ao que se registou em Maio, de 2,73 mil milhões de dólares.

As Reservas Internacio­nais Brutas (RIB) situaram-se em Junho em 17,50 mil milhões de dólares, contra os 18,98 mil milhões em Maio deste ano e os 18,06 mil milhões em Dezembro de 2017. No final do mês de Junho, o nível de reservas internacio­nais representa­va 7,29 meses de cobertura das importaçõe­s de bens e serviços.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Banco central espera uma tendência de redução das taxas de juro de crédito na economia

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