Professores condenados por venderem exames
Três professores senegaleses foram julgados e condenados na sequência de uma investigação que os acusava de vender exames.
Os dois professores acabaram sentenciados a cinco anos de prisão, cada, tendo um outro sido obrigado a pagar uma multa equivalente a 32 mil dólares.
O processo de investigação iniciou-se depois de denúncias de que aqueles professores haviam negociado, através das redes sociais, a venda dos resultados dos testes de francês, inglês, história e geografia referentes aos exames finais em 2017.
No decurso da investigação, dezenas de outros professores e alunos foram punidos, mas apenas com penas de prisão suspensas e multas menos significativas.
O director do liceu de Kahone, onde os professores envolvidos no caso leccionavam, admitiu ser uma prática a disponibilização de resultados dos testes a troco de dinheiro, mas recusou confirmar se tinha pessoalmente prévio conhecimento do que se estava a passar.
Há dois anos, alguns resultados de testes começaram a circular nas redes sociais, tendo na altura sido detectado um funcionário administrativo de um liceu que admitiu ter sido o autor do “desvio”, dizendo-se apenas motivado pelo facto de “querer ajudar os alunos”.
No pronunciamento da sentença contra os professores agora julgados, o tribunal considerou estar-se perante um crime de “conspiração e fraude para obter benefícios materiais”.
Ainda relacionado com este processo, 32 alunos acabaram também condenados a uma pena suspensa de dois anos de prisão.