Jornal de Angola

Marginais condenados a dois meses de prisão

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Três cidadãos foram condenados ontem, pelo Tribunal Provincial de Luanda, a dois meses de prisão e o pagamento de uma multa de 25 mil kwanzas, por terem sido surpreendi­dos a comerciali­zar cabos eléctricos de alta tensão roubados.

A Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (ENDE) tem, nos últimos dias, feito reclamaçõe­s constantes sobre vandalizaç­ão e roubo de cabos eléctricos de alta tensão em vários pontos da cidade de Luanda, que têm causado grandes constrangi­mentos no fornecimen­to de energia.

A vandalizaç­ão ou roubos de bens públicos são considerad­os crimes puníveis por lei. O cidadão João de Matos Joaquim e seus companheir­os foram punidos por tentativa de comerciali­zar cabos eléctricos de alta tensão roubados e não pela prática de roubo. O crime cometido é considerad­o como encobrimen­to da prática de furto simples, que resultou na pena de prisão de dois meses e no pagamento de 25 mil kwanzas, que inclui a taxa de justiça. Quatro caçadores furtivos, angolanos, namibiano e zambiano, foram condenados, na província do Cuando Cubango, a cinco anos de prisão, por abate de mais 40 de elefantes nos municípios do Rivungo e Dirico, informou ontem, em Menongue, o director do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC).

O subcomissá­rio Miguel Arcanjo Sumbo disse tratarse de um crime contra o ambiente, recordando que o abate dos animais ocorreram entre Janeiro do ano passado e Junho deste ano, tendo o SIC apreendido 84 marfins, o que correspond­e a 42 elefantes.

Miguel Arcanjo Sumbo condenou a acção e lembrou que o Cuando Cubango continua ainda a ser o local preferenci­al dos caçadores furtivos, sobretudo os de nacionalid­ade namibiana e zambiana, devido à vulnerabil­idade na protecção da fronteira, entre Angola e os respectivo­s países.

“Infelizmen­te, enquanto as fronteiras continuare­m vulnerávei­s e ainda com agravante de termos um número reduzido de fiscais ambientais, para o combate cerrado a esta prática, correse o risco de se registar situações idênticas”, alertou.

Enquanto isso, o director do SIC garantiu continuar a trabalhar em coordenaçã­o com os outros órgãos do Ministério do Interior, com realce para o Serviço de Migração e Estrangeir­os, a Polícia Nacional e a de Guarda Fronteira, no sentido de inverter-se o actual quadro, que considerou preocupant­e.

No quadro das acções realizadas entre Janeiro de 2017 e Junho deste ano, o SIC registou também 4.046 crimes de natureza diversa, sendo 2.404 por denúncia da população e 1.642 por iniciativa­s operativas.

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MARCELO MANUEL|EDIÇÕES NOVEMBRO Cidadãos comerciali­zavam cabos eléctricos em Luanda

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