Desafios para reduzir os efeitos da seca
O ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, anunciou, para os próximos tempos, a implementação de dois projectos de resiliência para contrapor o problema de seca severa em algumas regiões das províncias do Namibe, Cunene, Huíla e Benguela, num valor orçado em 88 milhões de euros.
Marcos Nhunga, que participou, na Ilha do Sal, na 2ª reunião ordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, disse existirem no país projectos de financiamento internacional destinados à região centro e sul do país assolada pela seca. Um dos projectos de resiliência já está aprovado pelo Executivo para aquela região. O outro, financiado pelo FIDA, vai ser implementado na província da Huíla.
O objectivo, segundo o ministro da Agricultura, é fazer com que essas regiões possam ver resolvido o problema da produção, mesmo em tempos de seca, por via de alternativas para os problemas de variações climatéricas, e ver garantida a segurança alimentar.
Nesta reunião, explicou, constatou-se que os Estados-membros da CPLP deram saltos qualitativos e que, no caso concreto de Angola, ainda existem problemas de malnutrição, principalmente em crianças. “O Executivo tem estado a a realizar programas no sector da agricultura que visam mitigar esse problema”, disse o ministro.
Estes problemas, acrescentou o ministro Marcos Nhunga, afectam mais a região centro e sul, onde a base alimentar é o milho, uma cultura susceptível a variações climatéricas.
O ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, realçou o facto de, na campanha agrícola passada e deste ano, se terem registado bons resultados devido à introdução de novos meios de produção no meio rural, redução do preço dos fertilizantes e do nível de preparação de terras e de correcção de solos.