Angola substitui tropas na missão da SADC
Um total de 34 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA), que integrava a Missão de Prevenção da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para o Reino do Lesotho (SAPMIL), regressou ontem ao país, tendo sido substituído pelo mesmo número de efectivos do Exército angolano, que já se encontra em Maseru, onde dará seguimento à missão. Segundo a Angop, que cita o comandante das Forças da SAPMIL, Sabino Dunguionga, a substituição é parte de um processo normal de rotatividade da tropa.
Dirigindo-se à tropa antes da partida, o comandante Sabino Dunguionga elogiou os militares pela disciplina e dedicação demonstradas durante a missão, exortando-os a manterem esses valores. Desde Novembro de 2017, Angola destacou no Reino do Lesotho um contingente de 162 militares, no quadro da Missão de Prevenção da SADC.
Trata-se de uma missão que decorre a pedido das autoridades locais, com vista a ajudar o país a debelar a situação de crise política reinante, agravada com o assassinato, por subordinados, do chefe das Forças Armadas, Khoantle Motsomotso, em Setembro de 2017.
Angola detém a presidência rotativa do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, mandato que passará para a Zâmbia em Agosto. A SAPMIL recebeu um mandato inicial de seis meses, que terminou em Maio do corrente ano, tendo a SADC, em cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização regional, realizada em Abril, em Luanda, prorrogado por um período de seis meses, que termina emNovembro de 2018. O Lesotho vive uma crise política crónica, caracterizada por sucessivos golpes e tentativas de golpes de Estado.