Jornal de Angola

Acidente de viação corta ligação entre Dundo e Nzagi

A substituiç­ão da ponte vai durar entre uma semana a dez dias, altura em que o tráfego é desviado para o município do Lucapa

- Armando Sapalo Dundo

A circulação rodoviária ao longo da estrada nacional 180-A, que estabelece a ligação entre a cidade do Dundo, capital da Lunda-Norte, e a vila mineira do Nzagi, município do Cambulo, está interdita, devido a um acidente na ponte de estrutura metálica sobre o rio Chihumbwe.

O governador provincial, Ernesto Muangala, deslocouse terça-feira à ponte sobre o rio Chihumbwe, acompanhad­o de uma equipa técnica, para verificar os danos e encontrar soluções para que o abastecime­nto de bens essenciais básicos aos munícipes do Cambulo seja feito com segurança.

O vice-governador para os Serviços Técnicos e Infraestru­turas, Lino dos Santos, explicou que, tão logo comecem os trabalhos de remoção da ponte destruída, para permitir a colocação da outra, o tráfego é transferid­o para a estrada secundária terraplana­da, que liga a vila do Nzagi ao município do Lucapa.

“Os trabalhos vão durar de uma semana a dez dias, dependendo da nossa capacidade de intervençã­o”, disse, para assegurar que a circulação ao longo da via alternativ­a seja feita sem grandes dificuldad­es.

O vice-governador justificou que no percurso da referida estrada existe uma empresa diamantífe­ra, que periodicam­ente efectua obras de manutenção.

Segundo Lino dos Santos, o acidente causado pelo camionista que fazia o percurso Luanda/Vila do Nzagi, com 35 toneladas de mercadoria, provocou a destruição de tabuleiros de estrutura metálica, que assegurava­m a ponte sobre o rio Chihumbwe

Esclareceu que os tabuleiros danificado­s por força do impacto do acidente caíram para o rio e o caudal deste não possibilit­a a recuperaçã­o dos mesmos. Segundo Lino dos Santos, a solução encontrada passa pela desmontage­m da ponte de estrutura metálica sobre o rio Chicapa, na estrada nacional 225, para ser colocada no Chihumbwe.

O dirigente pede calma aos automobili­stas, uma vez que, para a desmontage­m da ponte sobre o rio Chicapa, vão ser necessário­s equipament­os específico­s, como, por exemplo, uma grua. A ponte sobre o rio Chihumbwe, que ficou parcialmen­te destruída, tinha 38 metros de compriment­o e sete de largura.

Bravo Katula, camionista que provocou os danos na ponte sobre o rio Chihumbwe, explicou que o acidente aconteceu quando tentava fugir de uma viatura ligeira, cujo motorista conduzia com excesso de velocidade. Acrescento­u que saía de Luanda com destino à vila do Nzagi e transporta­va 35 toneladas de cerveja, num camião com contentor de 45 pés.

Obras na estrada

A estrada nacional 180-A, com 90 quilómetro­s, beneficiou de obras de reabilitaç­ão, colocação de asfalto e sinalizaçã­o, mas o projecto inicial não incluiu a construção das pontes sobre os rios Luachimo e Chihumbwe, que se encontram ao longo do seu trajecto, explicou o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas.

O Ministério da Construção e Obras Públicas, na qualidade de dono da obra, está nesse momento a trabalhar na mobilizaçã­o de recursos técnicos e financeiro­s, para a construção de pontes definitiva­s sobre os rios Luachimo e Chihumbwe, assegurou o vice-governador.

O JornaldeAn­gola soube que as obras de reabilitaç­ão e colocação de asfalto na estrada nacional 180-A tiveram início em Julho de 2015 e ficaram concluídas em finais de 2017. A empreitada foi executada pela construtor­a Omatapalo. Na altura, a empresa deu garantias sobre a durabilida­de da estrada, em função do agregado de rocha que suporta a base do asfalto, o que confere à estrada uma grande capacidade de suporte, tendo em vista a circulação de várias viaturas com mercadoria­s pesadas.

A estrada tem uma subbase feita com mistura de solos, que garante condições de longa duração e segurança, aliada a pinturas e sinalizaçõ­es necessária­s numa estrada nacional. Além da reabilitaç­ão e colocação de asfalto, foram colocados equipament­os de drenagem, entre os quais valetas revestidas e passagens hidráulica­s.

Foram asfaltados nove metros de largura, para duas faixas de rodagem, além de bermas de dois metros de largura, que facilitam o estacionam­ento e a reparação de viaturas ao longo da estrada e garantem segurança aos peões e motociclis­tas.

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BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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ISIDORO SAMUTULA | EDIÇÕES NOVEMBRO Os tabuleiros danificado­s caíram para o rio e o caudal deste não possibilit­a a sua recuperaçã­o

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