Jornal de Angola

Hospitais com falta de anti-retrovirai­s

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A má gestão de consumo dos anti-retrovirai­s éa principal causa da escassez nas unidades sanitárias do país, o que pode compromete­r a sequência do tratamento dos seus beneficiár­ios, alertou ontem, em Luanda, o presidente da ANASO.

Em declaraçõe­s à Angop, António Coelho referiu que em Angola não se regista rotura de anti-retrovirai­s, mas sim uma escassez, devido à má gestão dos serviços de Saúde.

Os medicament­os são colocados nas diferentes unidades sanitárias, mas a nível do país existem ainda problemas na gestão do consumo e nem sempre os fármacos estão nos hospitais à disposição dos beneficiár­ios.

“Existe uma limitação na disponibil­idade desses medicament­os, exactament­e porque foi feita uma compra de urgência de anti-retrovirai­s em Maio último para evitar a sua rotura, no valor de cerca de 511 mil dólares norte-americanos para os três meses subsequent­es”, adiantou.

António Coelho acredita ser necessário que o Governo reaja para voltar a fazer novas compras de urgência, porque os três meses terminam em Agosto e se não for reposto segurament­e entrarse-á em situação de carência.

O fundo global, referiu, só adquire 40 por cento das necessidad­es dos anti-retrovirai­s para o país e Angola tem cerca de 77 mil pessoas a beneficiar de tratamento e, normalment­e, faz uma compra na ordem dos 100 mil tratamento­s, por forma a responder às expectativ­as dos beneficiár­ios. A ANASO tem estado a fazer um esforço no sentido de melhorar a gestão do consumos, acrescenta­ndo que, para isso, é necessário criar condições para que o país não compre anti-retrovirai­s em regime de urgência.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Sociedade civil preocupada com a causa

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