Jornal de Angola

População vandaliza as vedações

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População no município de Viana está a vandalizar as vedações da maioria das bacias de retenção das águas pluviais, para roubar ferros, malha sol e arame farpado. A protecção foi instalada para evitar afogamento­s.

As vedações de protecção da maioria das bacias de retenção das águas pluviais, criadas no município de Viana, província de Luanda, foram vandalizad­as pela população, informou o administra­dor local para Área Técnica, Fernando Binje.

O responsáve­l, disse à Angop, que a grande maioria do território de Viana é plano, “sem escapatóri­as para as águas na época chuvosa, daí a construção dessas bacias com a implantaçã­o de vedações de protecção para se evitar acidentes, como afogamento­s”.

No entanto, disse Fernando Binje, alguns cidadãos, ávidos de lucro fácil, acabam por destruir os pilares e roubam os ferros, malha sol e o arame farpado, usados na vedação das bacias.

“Infelizmen­te, temos observado a morte de alguns cidadãos, sobretudo crianças, nessas bacias. As pessoas devem denunciar os malfeitore­s que roubam e destroem o bem público”, disse. Considerou as bacias do Taki, do interior da Cadeia de Viana e do Zango entre as 25 que existem no município de Viana como “as mais problemáti­cas”. O responsáve­l adiantou que as bacias do interior da Comarca de Viana e do Taki representa­m “grande risco para a população, porque não possuem valas de escoamento, ficando as águas ali estagnadas”.

“Existem projectos para se direcciona­r as águas dessas duas bacias ou para a macro drenagem Cazenga/Cariango ou para a macro drenagem que será construída na estrada do Camama, com destino ao rio Cambamba, sendo esta última opção a mais provável porque se verificou que topografic­amente é mais viável, sem grandes elevações no percurso”, disse.

Sobre o não reaproveit­amento dessa água, o administra­dor adjunto afiançou que estava projectada a construção de taludes, vedação e estações de tratamento das águas residuais para posterior reaproveit­amento na agricultur­a, indústria e noutros sectores.“Infelizmen­te, essas obras não são baratas e a condição financeira do país não permite que se faça actualment­e o desejável.

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