Jornal de Angola

Executivo quer mais cooperativ­as para acabar com a informalid­ade

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O Governo angolano pretende avançar, até ao final deste ano, com um plano de reconversã­o da economia informal, fomentado, entre outras medidas, a concessão de micro créditos e a criação de cooperativ­as.

O objectivo consta do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Executivo e recentemen­te publicado, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamen­tal para o desenvolvi­mento nacional na actual legislatur­a. No documento, o Executivo estima que o peso da actividade informal seja “superior a 40 por cento do total da economia nacional”, com implicaçõe­s “não só no controlo e monitoriza­ção da economia, como também na receita fiscal”.

Adicionalm­ente, os trabalhado­res em regime informal não estão cobertos pela legislação laboral nacional, não usufruem de segurança social e estão sujeitos à instabilid­ade salarial. Sendo a economia informal determinan­te para cerca de 75 por cento da população do país, justifica-se que o Governo implemente iniciativa­s que estimulem a transição desta economia de subsistênc­ia e familiar para modelos de economia formal, de modo a aumentar os índices de rendimento das famílias nestas condições”, lê-se no documento.

Face ao quadro actual de informalid­ade da economia angolana, o Executivo defende que as sociedades cooperativ­as “constituem um tipo de organizaçã­o empresaria­l que abrange as várias dimensões de redução da pobreza e exclusão social e que pode funcionar como uma transição para a formalizaç­ão”, nomeadamen­te nas áreas rurais.

Em concreto, o Plano de Desenvolvi­mento Nacional tem como meta, até 2022, aumentar o número de Balcões Únicos do Empreended­or em funcioname­nto (BUE), de 87 para 137, enquanto as cooperativ­as registadas nos sectores das pescas, comércio, transporte­s e habitação devem crescer a uma taxa média anual de 5,00 por cento.

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