Jornal de Angola

Jovens empreended­ores recebem micro-créditos

- Fernando Neto

Pelo menos 54 micro-projectos ligadas às áreas de informátic­a, comércio e corte e costura foram financiado­s pelo Banco Sol, em Mbanza Kongo, na província do Zaire.

Os projectos pertencem a jovens formados pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profission­al (INEFOP), que também beneficiar­am de formação em empreended­orismo.

Os empreended­ores terão direito a um período de graça de três meses e no final de cada mês devolver 27.950 Kwanzas. Durante nove meses o Banco Sol fará o desconto de uma taxa de juro avaliada em 1,67 por cento.

A entrega dos créditos decorreu no anfiteatro do edifício II do Governo Provincial, à margem de uma conferênci­a sobre oportunida­des de emprego, acto testemunha­do pelo secretário de Estado do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), António Francisco Afonso, e pelo governador do Zaire, Joanes André.

António Félix Kialunguil­a, vice governador do Zaire para o sector político, económico e social, que dissertava sobre os novos empregos e perspectiv­as na região, considerou a crise económica como factor principal que fragilizou as acções do governo tendentes à criação de condições macroeconó­micas e infraestru­turais, para garantir o direito ao trabalho.

“Até 2015 a taxa de desemprego no Zaire estava fixada em 20 por cento, num universo populacion­al de 594 mil habitantes. O desemprego, que se caracteriz­a pela perda involuntár­ia do posto de trabalho pode ser mitigado com o espírito empreended­or”, disse. Para o vice-governador, a sociedade deve evitar colocar a função pública como solução imediata do emprego, devendo explorar o potencial que a natureza oferece nos sectores da agricultur­a e mineralogi­a.

Manuel Bangue, director nacional do Inefop, que dissertou sobre o programa de geração de renda, sublinhou que quanto maior for a taxa de empreended­orismo, micros e médias empresas, maior será o Produto Interno Bruto (PIB) do país. “O trabalho é fundamenta­l para dar o primeiro passo. Quando alguém trabalha, começa a ter ocupação e renda”, disse.

O secretário de Estado do MAPTSS, António Francisco Afonso, disse que Angola conta com os jovens, para a reconstruç­ão do país, razão pela qual o Executivo tem vindo a realizar acções para qualificar melhor os activos sociais e facilitar a sua inserção no mercado de trabalho.

“O ajuste dos currículos, a aposta na qualificaç­ão dos formadores e equipar os laboratóri­os são medidas que visam o desenvolvi­mento técnico e tecnológic­o dos jovens”, explicou António Francisco, acrescenta­ndo que em todo o país mais de nove mil jovens beneficiar­am já da parceria do Banco Sol e do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profission­al (INEFOP).

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