Serifo Nhamadjo disposto a regressar ao poder
O ex-Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, está disposto a voltar a ser líder do país desde que os militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) o escolham como candidato às presidenciais de 2019.
Numa entrevista à rádio “Jovem de Bissau”, Serifo Nhamadjo afirmou que vai às primárias do PAIGC e que, se for a escolha dos militantes, vai apresentar-se ao eleitorado para tentar ser Presidente guineense.
“Já dei provas de ser uma pessoa aglutinadora”, afirmou Nhamadjo, para sublinhar que “o país precisa de um líder que possa dar totais garantias que o primeiro-ministro pode governar bem”. Presidente de transição da Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado de Abril de 2012 até Junho de 2014, Nhamadjo apenas espera que o próximo candidato às presidenciais pelo PAIGC seja escolhido por voto secreto “conforme os estatutos”, disse. “Penso não ser democrático se, por exemplo, o actual presidente do partido assumir que é ele o candidato às presidenciais sem ter sido sufragado pelos militantes”, observou Nhamadjo, referindo-se a Domingos Simões Pereira.
Sobre as relações pessoais com Simões Pereira, o ex-Presidente de transição guineense, disse serem “excelentes.”
Serifo Nhamadjo, de 60 anos, que, entre outros cargos, também foi presidente do Parlamento, referiu ter experiência suficiente para “unir as várias franjas” da sociedade guineense, “hoje desavindas, por vários motivos.” Sobre o actual Presidente, José Mário Vaz, Nhamadjo disse não ter havido oportunidade para falarem pessoalmente.
Nhamadjo afirmou também que se fosse o líder actual da Guiné-Bissau, nunca permitia que os problemas políticos fossem tratados fora do país.