NOTAS DE MENOR VALOR FACIAL ESCASSEIAM
Os estabelecimentos comerciais de médio e grande porte da província do Bié e comerciantes do mercado paralelo encontram, nos últimos meses, dificuldades de garantir troco aos clientes, por escassez de notas de menor valor facial. O Jornal de Angola constatou a realidade em vários estabelecimentos comerciais existentes no município do Cuito, facto que está a preocupar os comerciantes. Em cantinas, alfaiatarias, lojas, reprografias e mercados, são visíveis as dificuldades existentes pelos comerciantes na entrega de trocos.
Mário Januário, de 30 anos de idade, proprietário de uma reprografia adjacente ao Largo das Escolas do Cuito, disse que “os estudantes do ensino superior, médio e também do Primeiro Ciclo de Ensino, que estão na 8ª e 9ª classes, são os que mais sofrem com a falta de troco, por serem os que mais trabalhos escolares elaboram”, esclareceu. Mário Januário disse que tem enfrentado dificuldades em dar trocos aos clientes, por falta de moedas de menor valor facial. O Jornal de Angola verificou que as notas de menor valor facial, de 50 e 100 kwanzas, são as mais difíceis de encontrar nos vários estabelecimentos comerciais.
No maior mercado paralelo do Chissindo, constatou-se o mesmo cenário. Maria da Conceição, que vende legumes, informou que, para fazer trocos, é preciso criar formas, “senão ficamos com o negócio o dia todo. “O preço dos produtos de higiene, como papel higiénico, guardanapos e outros, custam cem kwanzas e os clientes aparecem com notas maiores que dificulta a entrega de trocos”, sublinhou José de Carvalho, vendedor de materiais de higiene.