Mau estado da estrada adia obras nos Buengas
Munícipes pedem a reabilitação urgente das vias de acesso para facilitar a livre circulação de pessoas e mercadorias
O mau estado da estrada que liga o município de Sanza Pombo ao dos Buengas está a dificultar a circulação de pessoas e bens, inviabilizando assim a reconstrução daquela parcela do Uíge, que dista a 247 quilómetros da sede da província.
Os buracos e as ravinas no troço de 97 quilómetros entre Sanza Pombo e Buengas impedem a circulação normal dos automobilistas, bem como dificultam o acesso de bens e serviços aos munícipes.
O representante das autoridades tradicionais do município do Buengas, Samuel Paxi, defendeu o reinício imediato das obras na estrada, interrompidas há dois anos, alegadamente devido à crise económica.
O soba Samuel Paxi disse que a situação é desgastante e deixa os munícipes sem alternativas e aspirações para o desenvolvimento.
“A estrada representa para nós um importante factor de desenvolvimento, pois é o único meio para escoar os nossos produtos e receber bens que o município necessita”, salientou a autoridade tradicional, que apelou ao Governo central no sentido de dar atenção especial à empreitada.
Samuel Paxi salientou que todos os serviços públicos funcionam com limitações, devido ao mau estado da estrada, tendo em conta que os meios de que precisam são adquiridos fora do município.
Os funcionários públicos do município, acrescentou, enfrentam várias dificuldades, até para levantar os salários.
Para o taxista Álvaro Paulo, a reabilitação da estrada vai diminuir os custos e conferir maior segurança à circulação, pois o actual estado representa um autêntico risco de vida. Para viajar do Uíge para os Buengas, durante o Cacimbo, paga-se sete mil kwanzas e no tempo chuvoso 12 mil. “Trata-se de uma situação difícil para os munícipes e viaturas, que volta e meia apresentam problemas, devido à areia e lama”.
O governador Pinda Simão, que visitou o município dos Buengas na semana finda para se inteirar das principais dificuldades, reconheceu o mau estado da estrada e apontou a terraplanagem como a solução imediata, enquanto se espera pelo reinício das obras na estrada que parte do município do Sanza Pombo.
“O troço tem muitos pontos críticos e é urgente intervir, para que a via não fique interdita”, afirmou o governador. O município dos Buengas é um dos maiores produtores agrícolas da província do Uíge e a sua população, maioritariamente camponesa, produz, fundamentalmente, amendoim, gergelim, batata-doce, feijão, abóbora e mandioca.
Quimalalo e Cambala com mais água potável
Mais de seis mil habitantes das localidades de Quimalalo e Cambala, município do Songo, na província do Uíge, contam, desde domingo, com mais água potável, após a inauguração de um sistema de captação, tratamento e distribuição. A água potável, cujo sistema de distribuição foi inaugurado pelo governador Pinda Simão, é captada a partir do rio Caluenge, a quatro quilómetros da aldeia Quimalalo.
O sistema de captação e distribuição por gravidade suporta também 13 chafarizes e duas lavandarias.
Maria Marques, moradora da aldeia de Quimalalo, lembra o sofrimento por que passavam para obter água, muitas vezes em rios e lagoas, que não era adequada para o consumo humano, facto que provocava muitas doenças.
“Consumíamos água imprópria da lagoa de Cantago, que fica situada a dois quilómetros da aldeia. Era difícil obtermos água, sobretudo em épocas secas. Acordávamos às 5 horas para sermos as primeiras pessoas a tirar água, antes de ficar suja”, recordou a moradora.
Na localidade de Cambala, muitos habitantes afluíram ao chafariz para presenciar o corte de fita, todos entusiasmados por verem acabado o sofrimento de percorrer três quilómetros até ao rio mais próximo. Helena Fernando disse não ter palavras para descrever o sofrimento por que passavam.
O regedor da localidade do Quimalalo, Pinto Alexandre, disse estar agora descansado por ver terminado o sofrimento das mulheres da sua regedoria.
“Já temos postos e centros de saúde em pleno funcionamento, ganhámos algumas escolas primárias, do I e II ciclos, agora, o Ggoverno resolveu a situação da água, que nos dava muita dor de cabeça. A estrada está asfaltada e agora resta-nos dizer muito obrigado”, disse a autoridade tradicional. A cidade de Ndalatando, sede municipal de Cazengo, na província do CuanzaNorte, vai contar, antes do final deste ano, com um novo cemitério municipal, a ser construído no bairro Catome de Cima, ao lado do actual.
O cemitério que funciona até agora foi aberto em 2006 pela Administração Municipal de Cazengo, devido à falta de capacidade do cemitério do bairro da Kipata, mas, passados 12 anos, já não tem espaço para mais campas. Com uma ligeira inclinação, o recinto não dispõe de arruamentos e os enterros são feitos de forma desordenada, o que propicia actos de vandalismo.
Com 150 metros quadrados, a construção do cemitério serviu na altura de solução para acabar com a deposição de mais de um corpo na mesma campa no cemitério municipal da Kipata.
Segundo a administradora municipal-adjunta para os serviços técnicos e infraestruturas, Helena Pereira, o novo cemitério está a ser construído numa área com cinco hectares já vedados, para 5.190 campas, além de áreas devidamente separadas para funerais de adultos e de crianças.
Neste momento estão a ser executados trabalhos de preparação dos solos e loteamento, para permitir que no futuro os funerais sejam feitos condignamente.
A administradora-adjunta de Cazengo disse que as obras não decorrem com a velocidade prevista, por causa do atraso no pagamento de facturas por parte do Ministério das Finanças, fruto da conjuntura económica do país.
Sem adiantar os custos das obras, Helena Pereira sublinhou que inicialmente tinham um valor estipulado, mas depois, dada a configuração do terreno e pelos constrangimentos encontrados no local, como áreas acidentadas, a par de muitas rochas encontradas no terreno, o orçamento
Buracos e ravinas no troço de 97 quilómetros entre Sanza Pombo e Buengas impedem a circulação normal dos automobilistas e dificultam o acesso a bens e serviços