Jornal de Angola

Produção de carvão devasta áreas florestais

- Manuel Fontoura

O abate indiscrimi­nado de árvores para a produção de carvão tem contribuíd­o para a devastação de áreas florestais no Cunene, afirmou ontem, em Ondjiva, o chefe da brigada provincial de Desenvolvi­mento Florestal (IDF).

Abel Alcino Zamba disse que na província não existe nenhum cidadão licenciado para a produção e comerciali­zação de carvão.

Segundo o responsáve­l, as vias Ondjiva-Xangongo, Cahama-Xangongo, OndjivaCuv­elai e a orla fronteiriç­a são as mais atingidas pelo abate ilegal de árvores para o fabrico de carvão.

Referiu que a acção resulta do pouco poder financeiro de certas famílias que vivem do fabrico do carvão, mas que as zonas devastadas devem ser compensada­s com plantação de outras árvores.

Mais de 75 por cento dos habitantes do Cunene, que reside no meio rural, tem na lenha e no carvão fontes de energia para cozinhar. foi alterado. Segundo Helena Pereira, mesmo sem as obras do novo cemitério terminarem, a administra­ção vai criar no local um espaço organizado para que se possam realizar funerais nos próximos tempos.

De acordo com Helena Pereira, em termos de organizaçã­o, a Administra­ção Municipal de Cazengo está a fazer um estudo de urbanizaçã­o, com arruamento­s, divididos por quarteirõe­s e com as áreas definidas, para facilitar a organizaçã­o do novo espaço fúnebre.

Às famílias que vão acorrer a este cemitério já não lhes será permitido fazer enterros de forma desorganiz­ada, vai haver rigor, as campas vão ser devidament­e identifica­das com placas de sinalizaçã­o”, disse.

A administra­dora municipal-adjunta disse que estão a ser feitos estudos para apurar a média de funerais realizados diariament­e no município de Cazengo, para se determinar o tempo de vida útil do novo cemitério.

“Depois de se determinar o tempo de vida útil do novo cemitério podemos regressar à primeira fase, uma vez que o tempo de permanênci­a dos corpos no solo é de cinco anos. Quando chegarmos ao limite de tempo, teremos a prerrogati­va de começarmos a fazer a exumação dos primeiros corpos, para dar lugar a outros”, acrescento­u Helena Pereira, para explicar que, tão-logo seja aberto o novo cemitério, o antigo deve ser encerrado e só estará aberto para visitas e homenagens, tal como acontece no cemitério da Kipata.

Só o cemitério do bairro Catome de Cima está aberto para funerais e os demais são utilizados à revelia.

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