Jornal de Angola

Médico legista desvenda causa de mortes em Menongue

- Carlos Paulino | Menongue

As causa das mortes misteriosa­s de quatro membros de uma família, ocorridas supostamen­te na noite de sábado, no bairro da Paz, em Menongue, podem ser desvendada­s nas próximas horas, depois da realização das autópsias, entre hoje e amanhã, por um médico legista ido da província do Bié.

O porta-voz do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), no Cuando Cubango, Paulo Dias de Novais, que confirmou a chegada esta manhã do médico legista, explicou que, por causa disso, os familiares das vítimas foram persuadido­s a adiar o enterro dos corpos.

O porta-voz do Serviço de Investtiga­ção Criminal explicou que a morte dos quatro membros da família suscita algumas dúvidas, daí a necessidad­e de um legista para a realização de autópsias aos corpos para se determinar­em as causas dos óbitos.

O SIC confirmou a identidade das vítimas, entre as quais, a de Henrique Bumba Pedro, 43 anos, terceiro-subchefe da Polícia Nacional, destacado no Comando Municipal do Nancova. Além deste, foram encontrado­s os cadáveres dos seus filhos Abílio Gonçalves Henrique (11 anos), Francisco Henrique (seis anos) e de Sadraque Manuel Henrique (três anos).

O responsáve­l da polícia avançou que pelo menos um filho de Henrique Pedro saiu com vida da residência. Trata-se do menor Sebastião Cassanga Henrique, de dez anos, que recebe assistênci­a médica no Hospital Geral do Cuando Cubango, estando já fora de perigo.

Apesar de encontrare­m um fogareiro com duas panelas, sendo uma de mandioca meio fervida e outra de sardinha cozida, familiares das vítimas afirmam desconhece­r as causas das mortes.

Inácio Jaime, sobrinho de Henrique Pedro, explicou que foi ele quem arrombou a porta, às 11h00 de sábado, e encontrou o tio deitado na cama e os três primos estendidos no chão, todos sem vida.

O familiar salientou ter encontrado no interior da residência um único sobreviven­te. Na altura, estava enrolado por um cobertor, talvez isso o tenha salvo.

“O tio tinha o costume de acordar sempre cedo, mas, infelizmen­te, no sábado, os vizinhos notaram que, até àquela hora, a casa continuava fechada. Desconfiad­os comunicara­m-nos de imediato, arrombámos a porta e vimos esta cena triste”, conta. Por sorte, nesse dia, esclarece Inácio Jaime, a mulher do tio tinha passado a noite na lavra, que dista 60 quilómetro­s da cidade de Menongue, província do Cuando Cubango.

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