Homenagem a Viteix encerra com “Restos”
A exposição individual “Restos” de Lino Damião é aberta hoje, às 18h30, no Camões Centro Cultural Português, em Luanda, numa homenagem ao “mestre” Viteix e a todo o legado deixado por este, que influenciou várias gerações de artistas plásticos.
A mostra resulta de uma trilogia, das quais já foram exibidas outras, com o título de “Rastos” e “Rostos”, fica patente ao público até ao dia 16 de Agosto. “É uma humilde e singela homenagem por tudo aquilo que me ensinou. A ele e a todos os mais velhos com quem tive o prazer de partilhar momentos no seu atelier e hoje fazem parte de muitas e boas memórias”, explica o artista.
Além de lembrar dos ensinamentos de Viteix, Lino Damião acredita que o seu trabalho seja também uma forma de agradecer a todos os “kotas”, que, ao longo dos anos, lhe ensinaram sobre a cultura nacional, com destaque o Álvaro Macieira, David Mestre, Diniz do Amaral (Biló), Jerónimo Belo (Tio Gegê), Lopito Feijó, Luandino Vieira, Manuel Dionísio, Osvaldo Gonçalves e Tirso do Amaral. “A ti e a todos os mais velhos, um muito obrigado (...).”
Baseada no título da última exposição de Viteix, “Restos, Rastos e Rostos”, apresentada em Setembro de 1992, a mostra serve ainda para comemorar o 25º aniversário da morte do “mestre” das artes.
Apesar de ter sido feita como símbolo de uma homenagem, “Restos” pretende levar o público por uma viagem pelo percurso pessoal e artístico de Lino Damião, cruzando passado, presente e futuro.
A influência artística de Viteix no seu trabalho, quer no recurso à representações mitológicas, quer na exploração de cores, formas e símbolos, numa busca incessante de novos sentidos e significados, esteve bem patente em cada uma das exposições da trilogia.
Lino Damião nasceu em Luanda em 1977. Com apenas 12 anos, conquistou o primeiro Prémio de Pintura da União Nacional dos Artistas Plásticos. Frequentou vários cursos de Desenho, Pintura e Gravura, assim como o Atelier de Viteix.