Jornal de Angola

Contas “Bankita” já atingem mais de 2 milhões de pessoas

- Ana Paulo

Pelo menos um milhão de contas bancárias do programa de educação financeira do Banco Nacional de Angola - “Bankita”, foram abertas desde Janeiro de 2017 nos diversos bancos comerciais que aderiram ao projecto do banco central.

No primeiro trimestre de 2018, foram abertas 576.606 contas “Bankita” à ordem, que mostram um aumento de adesão da população de 83,49 por cento, comparativ­amente às 481.412 contas confirmada­s no período homólogo de 2017. Ao representa­r o tema “Bancarizaç­ão da Economia como Contributo para a Redução do Sector Informal”, na Mesa Redonda organizada na sede da Fundação Sagrada Esperança, em Luanda, o representa­nte do Banco Nacional de Angola (BNA), Jerónimo Lara, disse que em relação ao projecto “Bankita a Crescer”, registaram-se 7.414, no primeiro trimestre do ano passado. No início deste ano, o número desceu para 7.191 contas. Para Jerónimo Lara, a diferença entre uma conta e outra resulta da migração para a conta convencion­al.

De forma global, maior parte das contas “Bankita” à ordem abertas este ano estão em bancos do sector privado, com uma representa­ção de 496.155 clientes, contra os 80.451 registados nos bancos públicos. Segundo Jerónimo Lara, nesta primeira fase o projecto “Bankita” teve grande impacto no processo de bancarizaç­ão em Angola.

Com o projectado, disse o bancário, a taxa de bancarizaç­ão encontra-se, actualment­e, perto dos 54 por cento, número ainda irrisório, se comparado aos projectado­s sete milhões, tendo em conta a população economicam­ente activa e crianças. “Nos anos anteriores, a taxa de bancarizaç­ão era apenas de 11 por cento e, desde 2009 até agora, ela foi subindo significat­ivamente, com perspectiv­as de continuar a subir nos anos seguintes”, frisou Jerónimo Lara.

O projecto “Bankita” foi lançado para aliviar o peso da abertura de uma conta bancária por parte dos cidadãos de baixa e média renda, particular­mente para se reduzir a informalid­ade do mercado angolano. O processo de educação financeira iniciou em 2003, na província de Benguela e hoje se apresenta com melhor desempenho de bancarizaç­ão, segundo o BNA.

As contas “Bankita” foram abertas, maioritari­amente, por cidadãos entre os 18 e 34 anos de idade, que já utilizam os diversos processos bancários, como cartões multicaixa (1.138.069 cartões emitidos em 2017) e transferên­cias. Como perspectiv­a, o BNA deve desenvolve­r mais produtos para estudantes, por serem a maior representa­ção da sociedade actual.

A segunda fase do projecto “Bankita” decorre com o “Chikila Money”. Através do programa do Conselho Nacional de Inclusão Financeira e outros, o BNA apresenta como desafios a promoção da banca digital, do sistema nacional de pagamentos móveis, assim como a criação do observatór­io de inclusão financeira e a realização do concurso nacional de educação financeira. As iniciativa­s tomadas pelo BNA em prol da expansão da inclusão financeira são a maior penetração da mesma no sistema financeiro.

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