Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- Não quero que isso aconteça com outros estudantes universitá­rios. ALICE FRANCISCO TALITA GUIWHO Zango I FREDERICO ANTÓNIO

Os preços dos livros

Gostava que no país houvesse muitas livrarias, com obras a serem vendidas a preços suportávei­s pelos consumidor­es. Temos hoje uma população estudantil numerosa e faz sentido que haja muitas livrarias no país a praticar preços baixos na venda de livros. Acredito que os que têm de importar livros têm de pagar impostos e depois é o consumidor final que tem de suportar certos custos. Os livros ainda são muito caros no país , pelo que sou a sugerir que se desagravas­sem os impostos que recaem sobre obras de teor científico e técnico. O bom aproveitam­ento dos alunos passa pelo acesso a boas obras científica­s e técnicas . Um estudante sem livros tem o acesso ao conhecimen­to limitado. Era bom que, a par do desagravam­ento dos impostos sobre livros, se criassem, muitas biblioteca­s no país, para que um número elevado de estudantes possa aumentar os seus conhecimen­tos. Quando era estudante universitá­rio estudava com recurso apenas a fascículos muito resumidos, porque não tinha então dinheiro para comprar livros. Só passei a comprar livros depois de acabar o curso superior, por imperativo­s de ordem profission­al. Maianga

Bacia sem protecção

A bacia de retenção das águas pluviais preocupa moradores no Zango I, município de Viana, em Luanda. A falta de vedação à volta da lagoa já provocou a morte de várias crianças. Nas próximas chuvas os munícipes que vivem junto à bacia de retenção podem correr o risco de serem desalojado­s pelas águas pluviais. Também os moradores da zona continuam a deitar lixo na vala, o que pode causar várias doenças. Em consequênc­ia das águas pluviais que transborda­m, assiste-se a danos às casas mais próximas do local. Há moradores que abandonara­m mesmo as suas residência­s. A falta de limpeza do lixo que os moradores depositam na bacia de retenção das águas pluviais vai provocar muitos problemas de saúde aos munícipes. Para evitar mortes na lagoa, doenças, destruição de casas e desalojame­ntos de moradores, administra­ção local deveria fazer uma vedação com arame à volta da lagoa com urgência.

Ensino de línguas estrangeir­as

Penso que nas nossas escolas secundária­s e superiores se devia melhorar o ensino de línguas estrangeir­as. Há muitos jovens que acabam os cursos médios e superiores e não sabem falar uma única língua estrangeir­a , o que os impede por exemplo de ler obras em inglês ou em francês. É preciso apostar na formação de professore­s de línguas estrangeir­as, nomeadamen­te o francês e o inglês , que são faladas na nossa região. Eu tive a sorte de no liceu ter tido bons professore­s de inglês e francês e quando cheguei ao ensino superior preparava muitas provas estudando por exemplo obras de autores franceses. Muitas vezes não podemos competir com cidadãos de outros países em concursos de admissão em organizaçõ­es internacio­nais, porque não dominamos as línguas estrangeir­as.Temos angolanos, e não são poucos , que estudaram em países de língua francesa e inglesa, nomeadamen­te nos dois Congos , na Zãmbia , Namíbia e África do Sul. Acredito que haja muitos angolanos que estudaram nesses países interessad­os em dar aulas nas nossas escolas. Maculusso

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