Combates causam mais de 300 mortos
Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) atacaram na quarta-feira uma cidade e várias aldeias no sul da Síria, onde travaram violentos confrontos com os moradores, que, segundo autoridades provinciais de saúde, causaram mais de 300 mortos.
Segundo uma ONG síria de defesa dos direitos humanos, pelo menos 135 civis, 111 combatentes das forças governamentais e 56 jihadistas perderam a vida nos confrontos.
Os ataques coordenados em toda a província de Sweida, que incluíram vários atentados suicidas, abalaram a calma de uma região que esteve quase sempre isolada e longe dos piores confrontos, ao longo dos sete anos de guerra civil na Síria.
Os atentados suicidas cometidos na capital da província, também chamada de Sweida, foram aparentemente coordenados para coincidir com os ataques às aldeias do interior do país, criando um caos em toda a província, segundo a agência de notícias norte-americana Associeted Press.
Os ataques desencadearam confrontos entre combatentes pró-Governo e moradores contra os militantes do EI. Os moradores também pegaram em armas para defender as suas cidades.
Ao anoitecer, a direcção de saúde da província tinha registado 204 civis mortos e 180 feridos, segundo o funcionário local Hassan Omar, tornando-se o dia mais sangrento para a província desde a revolta nacional de 2011, que desencadeou a guerra civil em curso.
Bou Ammar, residente na vila de Shbiki, disse que alguns moradores abriram inadvertidamente as portas quando os militantes do EI dirigiramse às casas, na madrugada, acrescentando que o ataque foi inesperado.