Jornal de Angola

Uma adolescent­e é infectada a cada três minutos no Mundo

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As raparigas são vítimas de dois terços das infecções por VIH no Mundo, segundo dados apresentad­os na 22.ª Conferênci­a Internacio­nal sobre a Sida, que decorre desde segunda-feira em Amesterdão, Holanda.

“Na maioria dos países, mulheres e meninas não têm acesso às informaçõe­s e serviços necessário­s, nem têm a oportunida­de de recusar sexo desprotegi­do”, declarou em comunicado a directora-geral da Unicef, Henrietta Fore.

“O VIH está a espalhar-se rapidament­e entre os mais vulnerávei­s e marginaliz­ados, colocando adolescent­es no centro da crise”, acrescento­u Henrietta Fore. No ano passado, 130 mil mortes de pessoas com menos de 20 anos estavam ligadas à sida e 430 mil novas infecções por VIH ocorreram nessa faixa etária.

A Unicef afirmou que a morte de adolescent­es por VIH deve-se a “relações sexuais precoces, inclusive com homens mais velhos, relações forçadas, à relação de força que não permite dizer não, à pobreza e à falta de acesso aos serviços de aconselham­ento e exames”.

De acordo com a Sociedade Internacio­nal sobre a Sida (SIS), quatro em cada dez adolescent­es africanas já sofreram violência física ou sexual de um homem. Esta ONG denuncia a ausência de uma política de prevenção contra essas violências ou de protecção para a juventude em muitos países.

A ONG trabalha na educação de adolescent­es. “Os jovens cresceram, são incrivelme­nte móveis, movimentam-se, esqueceram que o VIH é um risco e não podemos deixar de passar esta mensagem”, disse à AFP a sua presidente, Linda-Gail Bekker.

Tedros Ghebreyesu­s, director da Organizaçã­o Mundial da Saúde, avisou que, “apesar de todo o notável avanço feito, o progresso para acabar com a sida ainda é lento”, sendo que os objectivos da ONU para 2020 sobre a doença não vão ser alcançados, “porque há muitos lugares do Mundo onde as pessoas não têm acesso aos serviços de prevenção e tratamento de que precisam”.

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DR Os avanços para acabar com a Sida são lentos

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