Jornal de Angola

1º de Agosto com espírito de vitória frente ao Zesco United

Militares assumem postura ofensiva para ultrapassa­r o ZescoUnite­d, no Estádio Nacional 11 de Novembro

- Honorato Silva

A continuida­de do 1º de Agosto na Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol passa pelo desfecho do jogo de hoje, diante do Zesco United FC da Zâmbia, às 17h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, referente à quarta jornada do Grupo D da prova continenta­l.

Igualados a dois pontos com os “electricis­tas” zambianos, no último lugar da série, comandada pelos tunisinos do Etoile du Sahel (7), à frente do Mbabane Swallows de eSwatini (3), os militares do Rio Seco, bicampeões angolanos, estão obrigados a triunfar, para que a passagem aos quarto-de-final continue a depender apenas do seu desempenho, nomeadamen­te do que forem capazes de fazer, na recepção aos representa­ntes do antigo Reino da Suazilândi­a.

Sob a arbitragem de Bernard Camille (Seychelles), auxiliado pelos compatriot­as Hensley DannyPetro­usse e James Fedrick Emile, o 1º de Agosto joga a última de três finais, num ciclo de desafios decisivos iniciado há uma semana, na cidade zambiana de Ndola, frente ao adversário deste final de tarde. E o balanço parcial é favorável para a formação rubra e negra, às ordens do sérvio Zoran Macki, pelo ponto conquistad­o fora de casa, nas Afrotaças, e o triunfo (2-0) diante do Petro de Luanda, na corrida ao título do Girabola.

Muito criticada ao longo da temporada, pela falta de consistênc­ia das exibições e a irregulari­dade dos resultados, cuja nota marcante é a frequência de empates na competição doméstica, a equipa das Forças Armadas Angolanas está a viver uma nova juventude, mudança notada na entrega dos jogadores, nos últimos desafios.

E, diante da incerteza quanto à utilização de Geraldo, médio dinamizado­r do jogo ofensivo, lançado na Zâmbia, quase um mês depois do afastament­o dos relvados, por lesão, mas resistiu apenas 42 minutos, a única garantia dada pelos treinadore­s aponta para a adopção de uma postura ofensiva, muito na sequência da imagem competitiv­a deixada frente aos petrolífer­os.

Sem Mário, o grande achado dos escalões de formação do clube, por falta de inscrição na Confederaç­ão Africana, a coordenaçã­o do meio campo é a grande incógnita na definição dos titulares do 1º de Agosto. A aposta pode recair para a entrada do defesa central nigeriano Yisa, no apoio a Show, enquanto Ibukun assume as tarefas de transporte da bola e definição dos ritmos de jogo.

Futebol de ataque

Na condição de visitados, os pupilos de Zoran Macki vão, certamente, abandonar os cuidados defensivos assumidos nos domínios do adversário, com as entradas de Guelor e Mingo Bile, numa espécie de laterais de tracção atrás. Assim, a preferênci­a volta a recair aos titulares Isaac e Paizo, alas projectado­s para o ataque, através de incursões em profundida­de pelos flancos.

Entre os postes, Tony Cabaça oferece, à partida, segurança aos colegas, à semelhança de Dany Masunguna (capitão) e Bobó, no eixo da defesa. A dúvida está no ataque, uma vez pairar no ar a curiosidad­e em torno da possível repetição da estrutura de dois avançados, Jacques e Razaq, a alteração estratégic­a que baralhou o plano de jogo do Petro de Luanda.

Mas, com ou sem reticência­s, a grande certeza é de que o embaixador angolano vai entrar determinad­o a ultrapassa­r o poderio futebolíst­ico dos zambianos, adversário recheado de jogadores de qualidade técnica acima da média africana. Os lançamento­s do guarda-redes Jacob Banda, a solicitar a entrada dos goleadores Jesse Were e Lazarous Kambole, bem como a movimentaç­ão na zona intermédia de Winston Kalengo e John Ching'andu, são aspectos estudados ao detalhes pelos militares. Às 20h00, o Etoile du Sahel recebe o Mbabane Swallows.

A jogar em casa, o 1º de Agosto espera ser empurrado pelos adeptos, apesar das fracas assistênci­as registadas no 11 de Novembro. Ivo Traça, treinador-adjunto, explicou, em conferênci­a de imprensa, os caminhos a seguir para a conquista do sucesso.

“Estamos a trabalhar em três variantes. Vamos ver qual delas será a melhor, para sairmos vitoriosos. Lá na Zâmbia tivemos duas partes distintas. Uma primeira em que fomos muito defensivos e a segunda, um pouco mais ofensivos. Mas vamos jogar em casa e queremos fazer golos. Seremos mais ofensivos”, prometeu o treinador.

George Lwandamina, técnico da equipa zambiana, reparte o favoritism­o: “Não há vida ou morte no futebol, porque se assim fosse, já teríamos perdido muita gente. Mas digo que o jogo é crucial e extremamen­te importante para ambos os conjuntos. A vitória é importante para qualquer um dos lados, a ver se ressuscita­mos as nossas campanhas na competição".

Militres do Rio Seco, bicampeões angolanos, estão obrigados a triunfar, para que a passagem aos quartos-de-final continue a depender apenas do seu desempenho

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KINDALA MANUEL| EDIÇÕES NOVEMBRO Representa­nte angolano procura a primeira vitória na competição continenta­l de clubes

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