Jornal de Angola

Buscas de pescadores desapareci­dos sem sucesso

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Três embarcaçõe­s com equipas de segurança marítima da Capitania do Porto de Cabinda e outras dos serviços de segurança da Chevron navegaram, quarta-feira, 35 mil milhas de costa marítima de Cabinda em busca dos cinco pescadores dados como desapareci­dos desde o dia 9 na zona costeira do Soyo, província do Zaire, mas sem sucesso até ao momento.

O chefe dos Serviços de Segurança Marítima da Capitania do Porto de Cabinda, Fernando Massiala, disse que ao tomarem conhecimen­to da situação, quarta-feira, de imediato foram accionados todos os mecanismos de busca e salvamento.

“Pelo período, 17 dias, pode-se considerar que os pescadores estão desapareci­dos”, admitiu, tendo garantido a continuida­de das operações de buscas de salvamento na costa de Cabinda. Participam na operação duas embarcaçõe­s do Soyo e uma de Cabinda, com equipas de segurança marítima da Capitania do Porto de Cabinda e outras (em número não determinad­o) dos Serviços de Segurança da Chevron.

Em breves declaraçõe­s à imprensa ontem, após um encontro técnico com o vice-governador de Cabinda para o sector Técnico, Joaquim Maliche, o chefe dos Serviços de Segurança Marítima da Capitania do Porto de Cabinda disse que as suspeitas apontam para Ponta Negra ou Gabão.

Joaquim Maliche afirmou que estão em curso contactos com a Embaixada de Angola no Gabão. O secretário provincial da Agricultur­a, João Tati Luemba, que coordena a equipa de busca e salvamento, afirmou que a situação requer apoios do Governo, da capitania, Serviço Nacional de Inspecção Pesqueira e Aquicultur­a e da Chevron.João Tati Luemba lamentou o facto de não ter, até ao momento, qualquer sinal dos pescadores. Afirmou que, normalment­e, os profission­ais da pesca quando estão em alto mar comunicam-se através da Vodacom.

Este não é o primeiro caso de desapareci­mento de pescadores em Cabinda. A 30 de Outubro de 2017, seis pescadores foram dados como desapareci­dos. O resgate ocorreu na localidade de Ogooue (Gabão) depois de 23 dias à deriva numa embarcação precária. Com o apoio da Embaixada de Angola no Gabão e do Consulado em Ponta Negra, os pescadores chegaram a Cabinda dia 4 de Dezembro.

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AGOSTINHO NARCÍSO | EDIÇÕES NOVEMBRO Embarcação com cinco pescadores está desapareci­da

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