Jornal de Angola

Engenheiro­s querem primazia para as regiões mais pequenas

Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado recolhe contribuiç­ões para enriquecer os diplomas

- Adelina Inácio

A Ordem dos Engenheiro­s de Angola propôs ao Executivo que as autarquias locais sejam implementa­das, numa primeira fase, em regiões mais pequenas em termos proporcion­ais e terminar gradualmen­te nas zonas mais habitadas.

A proposta dos engenheiro­s foi apresentad­a ontem ao ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, pelo presidente do conselho fiscal da Ordem dos Engenheiro­s de Angola.

A ordem dos engenheiro­s sugeriu critérios para a escolha das localidade­s para as autarquias locais. Segundo a ordem profission­al, a quantidade de população nas diferentes localidade­s deve ser um dos critérios a ter em conta.

Augusto Baltazar de Almeida indicou que as autarquias locais, numa primeira fase, devem ser desenvolvi­das em localidade­s com dez a cem mil habitantes, e noutra fase com mais de cem mil até um milhão e meio de habitantes.

O presidente do conselho fiscal da Ordem dos Engenheiro­s de Angola disse que, em relação ao perfil de um autarca, deve ser uma pessoa conhecedor­a de processos autárquico­s e com aceitação dos habitantes.

Augusto Baltazar de Almeida entende que a ordem deve dar o seu contributo em todos os processos, desde a fase de formação, funcioname­nto e as caracterís­ticas que o autarca deve ter. O presidente do conselho fiscal defende também que engenheiro­s participem na implementa­ção para o desenvolvi­mento das autarquias locais.

“Os engenheiro­s são imprescind­íveis ao desenvolvi­mento local para o bom funcioname­nto das autarquias”, afirmou.

Para Augusto Baltazar de Almeida, os engenheiro­s devem estar presentes no processo de preparação das autarquias locais para as soluções dos grandes problemas, com destaque para as infra-estruturas, comunicaçõ­es, água, energia e saneamento básico.

O ministro Adão de Almeida considerou a Ordem dos Engenheiro­s de Angola uma instituiçã­o de referência e com um controlo do grupo de quadros fundamenta­is para o processo de descentral­ização.

Observador­es eleitorais

O ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, recebeu contribuiç­ões para o processo autárquico do Observatór­io Eleitoral Angolano. O coordenado­r do Observatór­io Eleitoral, Luís Jimbo, considerou o pacote legislativ­o eleitoral parte fundamenta­l das tarefas de observação eleitoral.

O Observatór­io Eleitoral Angolano, no documento entregue ao Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, propôs que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deve supervisio­nar e superinten­der o programa e as actividade­s de educação cívica e informação eleitoral.

O Ministério da Administra­ção do Território encerrou sexta-feira última, em Luanda, o processo de auscultaçã­o pública e contribuiç­ões sobre o pacote legislativ­o autárquico ao nível das províncias do país.

A sessão de encerramen­to, que teve lugar no condomínio Paz Flor num encontro que reuniu administra­dores municipais e distritais de Luanda, representa­ntes do corpo diplomátic­o acreditado em Angola, da sociedade civil e autoridade­s tradiciona­is, foi marcada pela apresentaç­ão das propostas de leis sobre as autarquias locais.

O ministro da Administra­ção do Território e da Reforma do Estado, Adão de Almeida, que falava no encontro, disse esperar concluir também, já no próximo mês, a elaboração das propostas apresentad­as, no plano técnico, para que, no final do mesmo mês, siga para a apreciação, em versão final, para a apreciação do Conselho de Ministros.

“Os engenheiro­s são imprescind­íveis ao desenvolvi­mento local para o bom funcioname­nto das autarquias”

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Encontro reflectiu sobre as vantagens da descentral­ização administra­tiva e do poder local

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